sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013
A Riviera Não é Aqui (Bienvenue Chez les Ch'tis)
"A Riviera Não é Aqui" (2008) é uma das comédias francesas mais aclamadas, e não é à toa já que o tom usado é deveras muito engraçado. Só que a graça do filme deve ser ainda maior para quem é francês. "Bienvenue Chez les Ch'tis" título original faz referência ao sotaque da população que vive mais ao norte da França, eis a palavra abreviada Ch'tis do título. O sotaque é recheado de chiados e gírias, praticamente um novo idioma para os franceses que habitam o sul. Uma boa dica é assistir o filme dublado, assim podemos dar muitas risadas, pois não faz sentido a nós o original, já que não conhecemos a região e suas esquisitices. Não sou muito fã de filme dublado, prefiro legendado, mas dou crédito aos dubladores, é uma profissão não muito reconhecida e os filmes de comédia tendem a ser bons. E este é um deles.
A história é a seguinte: o diretor de uma agência de correios em Salon-de-Provence (no sul da França), Philippe Abrams (Kad Merad), sonha em ser transferido para a bela Riviera Francesa, para agradar a sua esposa, Julie, de natureza depressiva. Para vencer os concorrentes que também almejam a transferência, o personagem articula uma fraude que resulta em consequências desastrosas. A punição do funcionário fraudulento é ser transferido para Bergues, uma pequena cidade no norte do país. Para o casal, essa nova realidade é um pesadelo, pela iminência de partir em direção a uma região fria e encontrar uma população de hábitos e linguajar completamente diferentes dos seus.
Já na chegada as confusões começam, na primeira noite na casa do carteiro Antoine Bailleul (Danny Boom, também diretor), responsável por aguardar Philippe na cidade, o constrangimento diante os hábitos alimentares a que tem que se submeter para se socializar, e sobretudo, a graça com o peculiar dialeto chamado "Ch'ti". Mas com o tempo o vilarejo se torna agradável aos seus olhos antes preconceituosos. O sentimento de outrora que não deixava ele ficar, agora não permite que ele parta. Assim ele vai ter que resolver um grave problema, pois a sua mulher pensa que ele está odiando o lugar, mas a verdade é que está amando a solicitude do povo. Na sua cabeça o lugar era o pior do mundo, frio de congelar a alma, comidas estranhas, idioma ininteligível. E agora como dizer a mulher o contrário? E o pior, ele não quer mais ir embora.
O choque cultural é algo que sempre dá certo dentro do cinema, mesmo que esse seja de regiões tornou-se um grande elemento para o sucesso. O tom de comédia ajuda e nos faz simpatizar com os habitantes que eram vítimas de preconceito por parte dos franceses, digamos da "cidade grande", onde se evidencia apenas o status social. Mas quando nosso protagonista se vê diante de pessoas simples, que se importam umas com as outras, e que o desejo de vida é outra, isso acaba mexendo com ele, a pensar no que realmente importa. Barreiras são ultrapassadas, e o que é um sotaque em meio a tanto carinho e amor?
As interpretações são exageradas e caricatas, chegando ao histérico, mas logo os ânimos se acalmam. As piadas são ótimas, principalmente as que vem com o sotaque, imagino o quão engraçado é para os franceses. E deve ser por isso o motivo do sucesso estrondoso na época (2008), uma das maiores bilheterias no país.
É uma boa opção de comédia fora dos padrões. Junta-se o útil ao agradável se ainda por cima amar o cinema francês, somos brindados com ótimas paisagens, e um retrato pouco conhecido, já que os franceses sempre são tão elegantes e cheios de charme. Aqui eles são estridentes e bem maluquinhos.
Como já dito, assistir o filme dublado não faz mal, pois o sotaque ganha um ótimo tom, por exemplo, o S acaba ganhando som de X, foras as gírias engraçadíssimas, "hã, biloute?!"
"A Riviera Não é Aqui" é uma sátira muito divertida que mostra o quanto somos preconceituosos, julgando-se melhor por morar num lugar que dizem ser superior que o outro. Grande engano!
O choque cultural é algo que sempre dá certo dentro do cinema, mesmo que esse seja de regiões tornou-se um grande elemento para o sucesso. O tom de comédia ajuda e nos faz simpatizar com os habitantes que eram vítimas de preconceito por parte dos franceses, digamos da "cidade grande", onde se evidencia apenas o status social. Mas quando nosso protagonista se vê diante de pessoas simples, que se importam umas com as outras, e que o desejo de vida é outra, isso acaba mexendo com ele, a pensar no que realmente importa. Barreiras são ultrapassadas, e o que é um sotaque em meio a tanto carinho e amor?
As interpretações são exageradas e caricatas, chegando ao histérico, mas logo os ânimos se acalmam. As piadas são ótimas, principalmente as que vem com o sotaque, imagino o quão engraçado é para os franceses. E deve ser por isso o motivo do sucesso estrondoso na época (2008), uma das maiores bilheterias no país.
É uma boa opção de comédia fora dos padrões. Junta-se o útil ao agradável se ainda por cima amar o cinema francês, somos brindados com ótimas paisagens, e um retrato pouco conhecido, já que os franceses sempre são tão elegantes e cheios de charme. Aqui eles são estridentes e bem maluquinhos.
Como já dito, assistir o filme dublado não faz mal, pois o sotaque ganha um ótimo tom, por exemplo, o S acaba ganhando som de X, foras as gírias engraçadíssimas, "hã, biloute?!"
"A Riviera Não é Aqui" é uma sátira muito divertida que mostra o quanto somos preconceituosos, julgando-se melhor por morar num lugar que dizem ser superior que o outro. Grande engano!
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário
SE FOR COMENTAR, LEIA ANTES!
NÃO ACEITO APENAS DIVULGAÇÃO.