terça-feira, 2 de julho de 2013
Upstream Color
O diretor Shane Carruth elogiado pela originalidade de Primer (2004), filme de ficção científica de baixo orçamento (7 mil dólares), nos traz depois de nove anos um outro filme não menos impactante chamado "Upstream Color". Sua sinopse não diz muita coisa, apenas que um casal tenta juntar pedaços de suas vidas destruídas. Sua narrativa não é linear e não tem explicações como um filme comum, é recheado de metáforas que cada um interpreta de uma maneira, então ao final alguns podem o achar genial, ou uma bobagem pretensiosa.
A história segue Kris (Amy Seimetz), uma mulher aparentemente bem-sucedida, que de repente é sequestrada e depois de ingerir uma larva fica em estado hipnótico. Ela cede todo o dinheiro de sua conta ao cara e faz algumas ações estranhas, como copiar trechos do livro "Walden", de Thoreau, para poder beber água. Mais tarde, Kris se livra da larva que é transferida a um porco em uma cirurgia feita por um fazendeiro, logo depois ela acorda em seu apartamento sem nenhuma lembrança. Ao acaso encontra Jeff (Shane Carruth), os dois imediatamente sentem um tipo de conexão e a partir desse encontro tentam recompor suas vidas. A impressão que dá é que eles não sabem nem quem são, e as memórias que chegam inesperadamente podem ser tanto de um quanto de outro, é como se tivessem sido zerados e conforme vivem, flashes do passado acabam vindo à tona. Às vezes o filme remete ao "A Árvore da Vida" de Terrence Malick, os elementos utilizados e algumas cenas, metáforas da vida e a conexão com a natureza.
"Upstream Color" é um filme totalmente sensorial, que nos permite formular perguntas e as respostas vêm de de acordo com a nossa percepção. Ele vai além de qualquer mensagem, é permitido pensar em questões existenciais.
O fato é que este filme faz refletir o quanto nós somos limitados na arte de pensar, e é justamente por isso que ele nos confunde, pois não estamos acostumados com a ideia transcendentalista, o ser humano tende a se separar da natureza, quando na verdade deveria estar em completa comunhão. E pode-se deduzir muito do filme pelo livro que foi inserido na história, "Walden" contém pensamentos muito amplos, a experiência relatada é incrível, no livro o autor propõe o retorno ao simples, deixar o meio capitalista e uma certa volta as origens, que seria a total reintegração com a natureza. O livro é uma viagem espiritual, assim como o filme.
Shane Carruth dirige, roteiriza, produz e interpreta, é admirável seu trabalho e a forma que o faz. Com certeza já é cultuado por um nicho e cada vez mais ganha notoriedade com seus filmes criativos.
Apesar da narrativa ser desconexa, ela nos instiga a cada cena, são imagens belíssimas juntamente com a trilha sonora que complementa ainda mais. Claro, é um cinema diferenciado que traz perguntas e que desencadeia reflexões acerca de tudo, aparentemente nada faz sentido, mas tente perceber os detalhes, afinal são neles que as maiores preciosidades estão escondidas.
A história segue Kris (Amy Seimetz), uma mulher aparentemente bem-sucedida, que de repente é sequestrada e depois de ingerir uma larva fica em estado hipnótico. Ela cede todo o dinheiro de sua conta ao cara e faz algumas ações estranhas, como copiar trechos do livro "Walden", de Thoreau, para poder beber água. Mais tarde, Kris se livra da larva que é transferida a um porco em uma cirurgia feita por um fazendeiro, logo depois ela acorda em seu apartamento sem nenhuma lembrança. Ao acaso encontra Jeff (Shane Carruth), os dois imediatamente sentem um tipo de conexão e a partir desse encontro tentam recompor suas vidas. A impressão que dá é que eles não sabem nem quem são, e as memórias que chegam inesperadamente podem ser tanto de um quanto de outro, é como se tivessem sido zerados e conforme vivem, flashes do passado acabam vindo à tona. Às vezes o filme remete ao "A Árvore da Vida" de Terrence Malick, os elementos utilizados e algumas cenas, metáforas da vida e a conexão com a natureza.
"Upstream Color" é um filme totalmente sensorial, que nos permite formular perguntas e as respostas vêm de de acordo com a nossa percepção. Ele vai além de qualquer mensagem, é permitido pensar em questões existenciais.
O fato é que este filme faz refletir o quanto nós somos limitados na arte de pensar, e é justamente por isso que ele nos confunde, pois não estamos acostumados com a ideia transcendentalista, o ser humano tende a se separar da natureza, quando na verdade deveria estar em completa comunhão. E pode-se deduzir muito do filme pelo livro que foi inserido na história, "Walden" contém pensamentos muito amplos, a experiência relatada é incrível, no livro o autor propõe o retorno ao simples, deixar o meio capitalista e uma certa volta as origens, que seria a total reintegração com a natureza. O livro é uma viagem espiritual, assim como o filme.
Shane Carruth dirige, roteiriza, produz e interpreta, é admirável seu trabalho e a forma que o faz. Com certeza já é cultuado por um nicho e cada vez mais ganha notoriedade com seus filmes criativos.
Apesar da narrativa ser desconexa, ela nos instiga a cada cena, são imagens belíssimas juntamente com a trilha sonora que complementa ainda mais. Claro, é um cinema diferenciado que traz perguntas e que desencadeia reflexões acerca de tudo, aparentemente nada faz sentido, mas tente perceber os detalhes, afinal são neles que as maiores preciosidades estão escondidas.
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