sábado, 16 de abril de 2016
Achados Musicais
Eis um compilado de achados musicais que tive o prazer de encontrar ao
acaso no Youtube, são artistas que não se classificam em gêneros ou estilos
únicos, todos fazem uma mistura generosa de muitas e muitas coisas. Aproveitem
a lista e descubram a beleza de cada um!
"Quem ouve música, sente a sua solidão de repente povoada."
(Robert Browning)
Rhye - EUA
É um duo composto por Mike Milosh (Canadá) e Robin Hannibal (Dinamarca),
sim, são homens, apesar de tudo soar feminino, a voz macia e sensual produz
essa impressão. O álbum de estreia intitulado "Woman" foi lançado em
2013. É tudo envolto por uma aura enigmática, e justamente por isso se torna
intrigante. Confira o álbum "Woman".
Ane Brun - Noruega
Dona de uma voz singular, Ane Brun encanta, especialmente por seus
vibratos, é doce mas potente. Já lançou seis álbuns, sendo o mais recente
"When I'm Free" (2015), que mergulha num universo trip-hop, como na
canção "Directions". Ane Brun tem um poder incontestável em sua voz,
as músicas mais intimistas demonstram isso, "Oh Love" e na
impressionante versão da música "Halo".
Yael Naim - Israel/França
Yael Naim é uma preciosidade, ela canta em diversos idiomas, toca
variados instrumentos e nos embriaga com toda essa musicalidade. Ela ficou
conhecida na mídia após sua canção "New Soul" ser exibida no
comercial de um Laptop da Apple. Também se destaca por alguns covers, como em
"Toxic". Em seu mais recente álbum "Older" (2015), seu som
está ainda mais refinado, uma mistura de blues, jazz, folk, sua voz é delicada,
vem de mansinho, mas é de total entrega. Um som prazeroso! Confira aqui.
Julien Doré - França
Vencedor da quinta temporada (2007) do programa de televisão Nouvelle
Star, Julien Doré é um artista pop, mas que se diferencia dos outros, tem uma
personalidade marcante e uma voz suave super charmosa. Tem vários hits e clipes
sensacionais, vale conhecer! "Paris-Seychelles", "Kiss Me Forever".
Son Lux - EUA
Ryan Lott, mais conhecido por Son Lux é um artista multitalentoso, sua
música nada convencional é chamativa e nos convida a viajar por lugares
inimagináveis, a mistura de instrumentos orgânicos e eletrônicos cria uma
atmosfera única. A sua voz é frágil, melancólica e penetrante. Um som
diferenciado e poderoso! Facilmente se encontra suas músicas em trilhas sonoras
de filmes, como "Easy", que está no longa francês "Mon
Roi". Confira mais dele: "Change Is Everything", "You Don'tKnow Me", "Lost It To Trying".
My Brightest Diamond - EUA
My Brightest Diamond é o projeto da cantora, compositora e
multi-instrumentista Shara Worden. É um som que vai além, desconstrói,
experimenta e liberta. A vocalista é impressionante, tem uma base erudita,
assim como toda a parte instrumental da banda. É pop, mas não é! O quinto álbum
"This is My Hand" é um trabalho admirável, começando pela primeira
faixa "Pressure", que conquista pela interessante musicalidade.
"Love Killer" e "This is My Hand" também se destacam.
Marie Fisker - Dinamarca
Cantora e compositora, Marie Fisker tem um som forte, original e
pessoal, é uma mistura de folk, country, rock progressivo, além de pitadas de
outros gêneros. São canções simples, mas pontuais regadas a diversas emoções.
Sua voz é sensual e intensa. Lançou seu álbum de estreia "Ghost of Love" em 2009. Confira as canções: "My Love, My Honey",
"Seven Days".
Glass Animals - Reino Unido
Glass Animals é um quarteto inglês, cujo som passa pelo misterioso e
psicodélico, a bela e sexy voz de Dave Bayley hipnotiza, a atmosfera das
músicas são intensas, apesar de serem suaves. Com influências de batidas
africanas misturada a sintetizadores cria-se um efeito sonoro bem interessante.
A banda lançou seu álbum de estreia intitulado "Zaba" em 2014.
Confira as faixas "Hazey", "Black Mambo" e
"Gooey".
Les Fils du Calvaire - França
Composta pelo talentoso trio Clément, Damien e Jonathan, a banda lançou
recentemente seu primeiro álbum "Les Fils de..." O som é algo novo,
mistura muitos elementos prevalecendo a música eletrônica, o charme da língua
francesa combina perfeitamente com toda a aura sedutora e também divertida, é
bonito, gostoso e impossível não se deixar levar pelas batidas que se alternam.
Foi lançado um videoclipe erótico e interativo da música "Rester avec Toi". Confira outras faixas, "Gin Fizz", "Qu'est-ce Qu'on est Bien".
The Muddy Brothers - Brasil
Fundada em 2012, o trio de Vila Velha/ES é formado por João Lucas (Voz e
Gaita), Will Just (Guitarra e Violão) e Renato Just (Bateria), o som é um blues
rock, mas tem diversas influências, entre elas a psicodelia. É fácil lembrar de
Led Zeppelin, Jimi Hendrix e Black Sabbath, mas a banda tem identidade e faz um
som clássico de maneira impecável. O álbum de estreia "Handmade" foi
lançado em 2013 e agora apresentam o novo trabalho intitulado "Facing the Sky", que foi gravado totalmente independente. Bom demais!
Julia Sarr - Senegal/França
Julia Sarr transcende as linguagens e nos aproxima da essência da
música, sua voz suave, porém forte atinge diretamente nossas emoções. Ela já
trabalhou com muitos músicos de renome como backing vocal. Sua música mistura
jazz, soul e a tradicional música senegalesa. Tem dois álbuns lançados,
"Set Luna" (2006) em parceria com Patrice Larose (virtuoso
guitarrista de flamenco) e "Daraludul Yow" (2014). Confira as faixas
"Adjana", "Doom L'enfant".
As Bahias e a Cozinha Mineira - Brasil
Composto por vocalistas trans, Assussena Assussena e Raquel Virgínia, a
banda tem influências de nomes como Gal Costa, Novos Baianos, Amy Winehouse e
Ney Matogrosso, o grupo propõe uma discussão acerca do machismo, da misoginia e
de qualquer tipo de intolerância. A sonoridade é original e de imensa
qualidade, além do timbre maravilhoso das cantoras. Com um trabalho tão lindo e
livre certamente irá atingir mais e mais público. O primeiro álbum,
"Mulher", foi gravado durante três anos, em meados de 2012 e lançado
oficialmente em 2015.
Jain - França
Jain é multicultural, mistura a música eletrônica com batidas africanas,
hip hop, reggae, pop, etc. A fusão é devido ter morado no Congo e Emirados
Árabes, ela é cheia de ideias, estilo, está sempre vestida de um modo
contrastante. É interessante que mesmo sendo super diferente a sua música se
adapta e se absorve facilmente. Lançou seu primeiro álbum chamado
"Zanaka" em 2015. Vale muito a pena conhecer!
Y'akoto - Gana/Alemanha
Y'akoto é daquelas artistas que ama a música que faz independente se vai ser sucesso ou não. Suas letras são críticas e diz respeito a toda a
humanidade, o conteúdo é universal. Seu som é uma mistura de soul, funk e
blues, lembra um pouco Amy Winehouse e Macy Gray. Tem dois discos lançados
"Baby Blues" (2012) e "Moody Blues" (2014).
Jibóia - Portugal
Jibóia é o projeto solo do músico Óscar Silva, ele não precisa de muito
para produzir as suas delirantes músicas, um órgão, uma bateria e uma guitarra
já é o suficiente, sem esquecer de dizer dos inúmeros pedais que usa. O
poderoso mix de ritmos e influências exóticas nos deixa em estado de transe. A
cantora Ana Miró, conhecida pelo seu projeto solo Sequin colabora com a sua
doce e inebriante voz. Já no segundo disco intitulado "Masala", as
músicas levam nomes de cidades do mundo todo. Confiras as faixas "Treta Yuga", "Dvapara Yuga" do álbum "Badlav".
Zaza Fournier - França
Zaza Fournier é cantora, compositora e instrumentista, ela caminha pelo
pop e a música folclórica francesa. Não tem como não se apaixonar por sua voz e
seu estilo peculiar, além de tudo ela está sempre acompanhada pelo seu
acordeão. Puro charme! Tem três álbuns lançados "Zaza Fournier"
(2008), "Regarde-moi" (2011) e "Le Départ" (2015). Ouça as
canções: "Le Départ", "Comptine Pour une Désespérée" e
"Vodka Fraise".
Hannah Williams - Reino Unido
Hannah Williams tem uma voz de arrepiar, vem da alma, do amor, do
desejo, o som é um soul/funk/blues de primeira, e os músicos sensacionais,
qualidade inenarrável. Seu álbum de estreia "A Hill Of Feathers"
(2012) recebeu elogios de Sharon Jones e Charles Bradley. É um turbilhão de
emoções.
Blubell - Brasil
Cantora e compositora, Blubell nasceu na cidade de São José do Rio
Preto, interior do Estado de São Paulo, mas cresceu na capital. Desde 2006
desenvolve seu trabalho autoral. Antes disso, fez parte de bandas
independentes. Tem quatro álbuns lançados: "Slow Motion Ballet"
(2006), "Eu Sou do Tempo Em Que A Gente Se Telefonava" (2011),
"Blubell & Black Tie" (2012) e "Diva é a Mãe" (2013). O
som de Blubell é nostálgico, nos remete aos anos 20 ou 50 facilmente, é
divertido e também teatral, é uma mistura de blues, jazz e bolero, ela canta, mescla idiomas, sussurra, mas tudo com muita sofisticação. As letras são
simples, porém super modernas, há um contraste entre melodia e letra e esse é o
charme de Blubell.
Imany - França
Nadia Mladjao, mais conhecida por seu nome artístico Imany, é uma
cantora de afro soul. O nome escolhido por ela significa "fé" no
dialeto suaíle, falado nas Ilhas Comores. Quando jovem foi uma atleta de salto
em altura, tornando-se posteriormente modelo de uma grande agência, e foi nas
viagens que despertou seu talento para a música. Lançou seu primeiro álbum em
2011 intitulado "The Shape of a Broken Heart", um registro
despretensioso, simples, mas muito gostoso de ouvir. A sua voz rouca é marcante
e muito apaixonante, aliás esse álbum é bem romântico. Seu segundo álbum
"Sous les Jupes des Filles" lançado em 2014 é também a trilha sonora
do filme homônimo de Audrey Dana.
Imelda May - Irlanda
Imelda May mistura jazz, a rebeldia do punk e a animação do rockabilly,
uma boa pedida para dar uma agitada. Já dividiu os palcos com nomes como Elton
John, The Supremes e Elvis Costello. Ela também compõe e toca um instrumento
chamado "Bodhrán", um tambor tipicamente irlandês. Tem quatro álbuns
lançados: "No Turning Back" (2005), "Love Tattoo" (2008), "Mayhem" (2010) e "Tribal" (2014).
Noora Noor - Somália/Noruega
Noora Noor é considerada a rainha do soul na Noruega, ela é uma
excelente cantora de blues e neo soul, equilibra perfeitamente potência e
suavidade, vai de graves a agudos com total naturalidade. Tem três álbuns lançados,
sendo o último "Soul Deep" (2009). É realmente um som que te toca na
alma.
Liniker - Brasil
Liniker é de Araraquara, interior de São Paulo, um artista nato cheio de
amor e poesia, está super em evidência e é uma grande promessa da música
brasileira. Suas canções vão do samba a black music e soul com uma roupagem bem
moderna, o ritmo swingado e sua voz grave levemente rouca e potente é uma
delícia, e a banda Caramelows que o acompanha é simplesmente sensacional.
Liniker é autêntico e usa seu corpo de forma política para expressar a
liberdade de ser quem se é. Lançou seu EP "Cru" em 2015 e em breve
sairá seu álbum de estreia "Remonta". Estamos no aguardo
ansiosamente!
Dicas extras:
"Le Ring" é um programa da Deezer (serviço de Streaming de
música) apresentado por Aline Afanoukoé, consiste na apresentação de artistas
com a missão de superação de si próprios e respeito pelo público. O palco é um
ringue e antes de começar o show os convidados se olham no espelho e dizem
palavras que vier a mente. É gravado no famoso "La Bellevilloise" e
transmitido pelo canal France Ô. São quatro músicas e a interação com o público
é incrível. Confira aqui!
Criado em 2009, na Rádio Cultura Brasil, estreou na TV Cultura em 2011 e
segue com a missão de mostrar a música brasileira de hoje. Apresentado por
Roberta Martinelli, o "Cultura Livre" recebe artistas (cantores ou
bandas) no estúdio. Eles tocam suas músicas, falam sobre a carreira e respondem
perguntas da audiência. A interação com o público é um destaque da atração. Por
meio das redes sociais e de uma chat-line, os telespectadores podem enviar suas
perguntas e comentários aos artistas. Confira aqui.
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Hoje infelizmente falta tempo para acompanhar o cenário musical, principalmente o chamado "lado B".
ResponderExcluirO que toca nas rádios, o chamado popular nunca foi tão ruim quanto nos dias atuais.
Eu estou ficando velho (rs), ainda ouço rock e pop dos anos setenta, oitenta e noventa, depois disso pouco coisa me agrada.
Bom domingo!
Oi Hugo! Tem muita coisa boa atual, mas é preciso procurar, porém conheço vários artistas por causa das trilhas sonoras de filmes. E eu também ainda ouço o rock dos anos 70/80, não tem como deixar pra trás. Abraço!
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