quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Anônimo (Anonymous)

A história é baseada na teoria Oxfordiana de que Edward De Vere é o verdadeiro autor das obras de Shakespeare. O diretor Roland Emmerich é conhecido pelos seus filmes catastróficos, entre eles, Independe Day, O Dia Depois De Amanhã, Godzilla, 2012. Nesse filme ele retrata Shakespeare como uma fraude, ele destrói a imagem de um ídolo através da ficção.
Em uma Londres do final do século 16, ambientado na época da sucessão da Rainha Elizabeth I, a história é repleta de conspirações, lutas pelo poder e muita cobiça. Tudo começa no presente, quando um ator entra no teatro, narra e elucida que a história a ser contada é sobre a tal teoria. Daí somos transportados para o período em questão, onde o teatro era considerado imoral. Edward De Vere (Rhys Ifans) o décimo-sétimo Conde de Oxford um homem culto e dado as palavras, acaba cometendo um erro do qual será fadado a casar-se com a filha de William Cecil (David Thewlis), o seu guardião legal e conselheiro da rainha. E ele também teve que desistir de escrever as suas peças de teatro, que eram vistas como uma desonra para sua família que queria fazer dele um político. Os motivos pelos quais foi obrigado a casar-se com Anne Cecil (Helen Baxendale) descobrimos mais tarde. Ao mesmo tempo mantinha um caso com a rainha Elisabeth I (Vanessa Redgrave). Anos mais tarde Edward assiste a uma peça de teatro do dramaturgo Ben Johnson (Sebastian Armesto), isso faz com que reacenda a vontade do Conde de escrever as peças, e contrata Ben para assinar em seu nome, mas ele não gosta muito da ideia, e um tal de William Shakespeare (Raffe Spall) assumi a autoria, um cara sem escrúpulos e analfabeto. Suas peças eram carregadas de simbolismos políticos a fim de aclarar a sociedade diante dos governantes. Sua primeira peça encenada foi Henry V.
A trama foca também sobre a sucessão do trono, Earl de Southampton, apoiado pelos Essex, e James I apoiado pelos Cecil. Robert Cecil tem influências na corte, por conta de seu pai William, este acabou falecendo, mas todos os segredos foram revelados a ele. Edward resolve escrever peças sobre, para elucidar o público e causar uma revolta. Por fim, surpreendentes revelações fazem com que a história tome um rumo totalmente inesperado, e segredos da rainha são revelados a Edward.

Uma trama cheia de intrigas e um clima de suspense contribui para o interesse do público, a identificação dos personagens demora um pouco, associar os nomes as pessoas requer um pouco de vontade, mas depois a história flui rapidamente. As atuações são ótimas, a fotografia é belíssima, e o cenário faz com que o filme se torne interessante e diferente. 
Naquele tempo expressar opiniões valia a cabeça literalmente, e o gosto pelas artes era considerado indigno, por isso o Conde Edward De Vere escondia sua paixão pela escrita, na verdade, um dom do qual era impossível controlar, aí surgiu a ideia de expor suas obras em público, mas com o nome de outro autor. Ficção com um fundo de verdade? Shakespeare realmente foi um farsante e aproveitador? É só uma teoria, mas é interessante ver o mito do teatro sendo exposto de uma maneira diferente do comum. 
Palavras têm o poder de mudanças, quando utilizadas de maneira correta, acabam influenciando gerações.

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