quarta-feira, 8 de maio de 2013

Imaginaerum

Baseado na história escrita pelo compositor da banda Nightwish, Tuomas Holopainen, e dirigido pelo estreante Stobe Harju, diretor musical. "Imaginaerum" (2012) é um filme fantasioso inspirado no sétimo álbum da banda, o clima gótico revela a história de um compositor com uma imaginação de outro mundo. Ele é um senhor de idade que pensa ainda ser garoto. Enquanto dorme, ele viaja em seu passado distante, onde seus antigos sonhos retornam misturados com o mundo de música e fantasia do menino. Em seus sonhos, o senhor luta para encontrar as memórias que mais lhe importavam.
O longa se concentra na vida desse compositor idoso, Tom, que sofre de demência grave. Como ele tinha essa doença há anos, regrediu para a infância e não lembra praticamente de nada de sua vida adulta. Sua música, amigos, todo o seu passado, incluindo a lembrança de sua filha são uma mancha na sua mente frágil. Tudo o que ele tem é a imaginação de um garoto de dez anos. Como ele entra em coma, parece que não é possível resgatar o que ele perdeu. Ou será que é?
O filme é uma jornada entre duas dimensões diferentes. Tom viaja através de seu mundo imaginário procurando por respostas e encontrando lembranças, enquanto sua filha, Gem, tenta recuperar o vínculo que compartilhava com seu pai no mundo real. Eles se tornaram mais e mais distantes com o passar dos anos e, há obstáculos ainda maiores separando-os, e agora com o coma de Tom, a aproximação de Gem com o pai parece estar condenada ao fracasso. No entanto, através dos segredos mais obscuros de Tom, Gem descobre o caminho que deve seguir para encontrar seu pai novamente.
O clima sombrio e vários dos elementos nos remetem as obras de Tim Burton, e às vezes soa como algo surreal, porém a história vai se juntando aos poucos, incluindo algumas metáforas. Escrito pelo próprio diretor em parceria com os também estreantes Mikko Rautalahti e Richard Jackson a partir da história escrita por Tuomas Holopainen, o filme mais parece um grande videoclipe.

Em dado momento a aura do filme se assemelha muito com a de um sonho e torna-se cansativo, mesmo tendo apenas 80 minutos. Algumas cenas salvam e enchem nossos olhos com tanta beleza, como a da queda do globo de vidro em paralelo com o suicídio de um personagem em slow motion, sem dúvidas essa é um das cenas mais perfeitas do filme.
O estilo da banda é muito bonito e me atrai bastante, curto a melancolia das músicas e toda a parte instrumental, mas a verdade é que deixei de acompanhá-la desde a saída de Tarja Turunen, e nem é porque acho que Anette Olzon é inferior, calhou de não ir mais atrás do som. O filme apesar de ter sido alvo de críticas negativas até dos fãs, é preciso admitir que é um feito admirável para a banda e a história da música.

Para os fãs, os curiosos e os admiradores do Nightwish é recomendado, mas assista sem grandes expectativas. Aprecie o visual, a fotografia, os efeitos, a música, e a história intimista.
O poder da imaginação é surreal, podemos extrair lembranças das quais há muito estavam esquecidas, de vez em quando devemos nos render a ela e viajar para dentro de nós mesmos e encontrar as memórias que esquecemos com o tempo.

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