segunda-feira, 26 de março de 2012
Querida, Vou Comprar Cigarros e Já Volto (Querida Voy a Comprar Cigarrillos y Vuelvo)
Ernesto (Emilio Disi) é um corretor de imóveis de 63 anos que tem uma rotina tediosa em uma pequena cidade da Argentina. Um homem que nunca aproveitou a vida, e tem a sensação que nada poderá mudar as circunstâncias que o rodeiam, porém um homem misterioso aparece e lhe faz uma proposta irrecusável. Voltar a uma época qualquer de sua vida e passar dez anos em seu passado. Com o pacto aceito e feito, retornará ao ano presente de 2011 e receberá uma mala com um milhão de dólares. Os dez anos no tempo presente equivale apenas cinco minutos, portanto, a desculpa usada pelo protagonista para gambelar a sua mulher é a de ir comprar cigarros.
É um bom filme, utilizando meios criativos, como colocar o autor do conto, Alberto Laiseca, com seu bigode gigantesco para ajudar a explicar certas passagens, ou o início quando o tal homem adquire poderes mágicos. O conhecido ditado: um raio não cai duas vezes no mesmo lugar aqui é questionado.
O tema viagem no tempo é bem batido, porém o roteiro nos diverte e nos faz pensar também, ao contrário de outros filmes em que as pessoas voltam ao passado com o desejo de consertar os erros, neste Ernesto quer conseguir fama, dinheiro e mulheres, mas sempre acaba se envolvendo em encrencas, como plagiar a música "Imagine" de John Lennon, que não é exatamente igual, pois ele não sabia a letra perfeitamente e nem era fã de Beatles, entre outras, como inventar o formato de reality shows na TV. É hilário!
Uma comédia divertida e inteligente, um homem derrotista e acomodado e um outro misterioso e esquisito. Com um roteiro perspicaz faz com que a trama se desenrole facilmente, de simples absorção garante boas risadas.
Dirigido por Gaston Duprat e Mariano Cohn, que trabalham juntos desde 1990, o filme é engraçado e diferente, ao mesmo tempo que simples. Um misto de humor negro, surrealismo e filosofia.
Eusébio Poncela, o homem que adquiriu poderes mágicos e a imortalidade tem uma boa expressão, um personagem realmente interessante.
"Todos os animais, com exceção do homem, são imortais. Porque ignoram a morte."
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