quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Headhunters (Hodejegerne)

Você sabe o que é um Headhunter? O personagem central da trama é exatamente isso, ou seja, um caçador de talentos, um recrutador, aquele que busca pessoas qualificadas para grandes cargos, desta forma cria-se uma reputação, tanto para um como para o outro. Essa é a profissão do protagonista, que na verdade esconde um grande segredo. Com uma bela casa valendo alguns milhões, carros luxuosos, um padrão de vida super elevado para quem trabalha neste ramo, a desculpa que ele usa é que foi um dinheiro deixado como herança, e assim ele mantém o luxo para agradar Diana (Synnove Macody Lund), sua mulher, que tem um papel fundamental na mente deste cara, que se sente inferior por ter apenas 1,68 de altura, para compensar sua mulher é lindíssima e bem alta.
Roger Brown (Aksel Hennie) apresenta-se no início do filme, e diz o que faz para manter seu padrão de vida, sua herança são apenas genes ruins e nada mais. Roger rouba arte, quadros que valem fortunas, simplesmente troca a obra por uma pintura falsa idêntica e vende a original. É dessa maneira que paga suas contas. Roger encontra a oportunidade de sua vida ao conhecer Clas Greve (Nicolaj Coster-Waldau), que não só é perfeito para o cargo que procura, como também possui uma valiosa pintura. Tudo funciona muito bem, Roger sabe exatamente como agir, conhece a vítima, onde está a obra, mas com Clas é diferente, ele não só é bonitão e rico, mas também muito inteligente e sagaz. Ex-militar e perito em rastreamento, ele transforma a vida do headhunter um inferno. Clas o caça com muito rigor e detona a sua vida ao máximo colocando microchips de rastreamento nos lugares mais estranhos, como no cabelo, onde é obrigado a raspar desesperadamente depois de um acidente causado por Clas. Roger se envolve numa teia que parece incapaz de sair.
A Noruega tem se dedicado ao gênero suspense/thriller e tem se saído bem, são capazes de transformar histórias que seriam encaradas como clichê em surpresas e reviravoltas inteligentes, há quem diga que copiam o estilo hollywoodiano, dando uma complicada na trama para parecer superior. Mas a verdade é que se sobressaem sim no gênero e fazem dos personagens interessantes. Além disso, o filme tem pitadas de humor negro, muita ação, durante todo o filme Roger Brown corre e se estrumbica, e o que parece ser não é o que é de fato.

Roger como headhunter sempre está ao lado de executivos de grande porte e na maioria das vezes eles têm obras que valem fortunas, e claro, Roger aproveita as informações para arquitetar o plano e roubar a obra, e sem a pessoa nem mesmo perceber, sua pintura valiosa se torna um quadro falso. Mas uma hora ou outra ele corre o risco de ser pego e Clas surge para atrapalhar sua vida. Roger praticamente não tem contato com Clas, na maioria das vezes ele está a distância, espreitando, o medo é super trabalhado e o protagonista demonstra desespero em seu rosto o filme todo, algumas situações são engraçadas e outras inverossímeis, mas tudo se encaixa dentro da história. É um longa de tirar o fôlego, mérito dos atores e do roteiro envolvente e inteligente.

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