quarta-feira, 20 de junho de 2012
Raiva (Kalevet)
"Raiva" (2010) dirigido por Ahron Keshales e Navot Papushado é um terror israelense que conta a história de um irmão e uma irmã que fogem de casa e encontram refúgio em uma reserva natural deserta. Quando a irmã cai numa armadilha de um assassino psicopata, o irmão sai em uma corrida contra o tempo para encontrar ajuda. Em uma reviravolta do destino o resgate da irmã torna-se, inadvertidamente, entrelaçada com a vida de um grupo de tenistas jovens, um guarda florestal e seu cão, bem como uma equipe de policiais.
Em "Raiva" as coisas correm terrivelmente mal para um grupo de pessoas que, por uma razão ou outra, se encontram na mesma floresta, no pior momento. Os acontecimentos e os maus entendidos são tantos que chega uma hora em que nos perguntamos aonde isso tudo vai parar. As pessoas simplesmente sentem desejo de sobreviver e para isso são capazes de tudo. O desespero, a raiva, a revolta, tudo contribui para que este longa se torne no mínimo criativo e original. É visto a condição humana no seu estado mais selvagem.
Não se pode negar as influências americanas contidas no filme, as atuações são medianas, mas conforme vai passando nem nos damos mais conta destes detalhes, as mortes vão ficando mais bizarras e tomando proporções gigantescas, é morte por estaca, machado, minas terrestres, etc. O que não falta é gente mutilada. Há espaço para o humor também, mas aquele que cabe bem ao gênero, claro que por ser de Israel a curiosidade se aguça mais, é um filme bem produzido, a história prende e os personagens são interessantes, é uma ótima pedida para quem quer se desvencilhar do mais do mesmo.
O engraçado é quem deveria ter morrido não morreu e a figura do psicopata é quase inexistente, é um verdadeiro caos que se forma por um bocado de maus entendidos.
Estamos fartos de assistir filmes de terror e se deparar com os velhos clichês e sustos tão esperados, não sei se classificaria "Raiva" como terror, pende mais pelo lado psicológico.
A dupla de jovens diretores que o produziu pega a fórmula clássica: jovens perdidos na floresta, mas destrói todas as obviedades construindo um roteiro inteligente e surpreendente. É um retrato sarcástico da condição humana sem retoques. A sequência onde uma vítima é enterrada ao som do celular e recebe uma mensagem dizendo que vai ser pai, é uma amostra excelente do amargo humor negro que permeia o filme.
Nada é exatamente o que aparenta ser!
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