sexta-feira, 16 de março de 2012

Uma Vida Melhor (A Better Life)

O filme fala sobre a problemática dos imigrantes ilegais de forma bem emocionante aos olhos de Carlos Galindo (Demián Bichir), um mexicano que vive com seu filho adolescente Luis Galindo (José Julián) em uma cidade americana. O medo de serem deportados por estarem ilegais naquele país, e os sonhos de uma vida melhor tomam conta da trama, que tem o roteiro assinado por Eric Eason baseado na história de Roger L. Simon. Demián Bichir faz um personagem tocante, nos traz um homem de bom caráter, um trabalhador que busca dar o melhor ao seu filho, este namora uma menina que é parente de criminosos, de uma gangue da região. Pai e filho são distantes, o menino parece não gostar do homem que o criou, e rodeado de maus exemplos pelo fato do pai trabalhar o dia todo, o caminho do adolescente parece incerto. Carlos faz de tudo para poder comprar uma caminhonete, começar a trabalhar por conta, e assim a esperança de uma vida melhor surgir. Contudo a vida não dá trégua e todos os seus pertences de trabalho são roubados junto com a caminhonete por um homem que Carlos julgou ser de boa índole. Grande engano!
Daí ocorre uma reviravolta na história, onde o jovem segue em busca com o pai para encontrar o que lhe foi roubado, uma nova maneira de se comunicar acontece e Luís percebe o grande homem que seu pai é.
O ator mexicano Demián Bichir foi indicado ao Oscar 2012, graças a seu personagem retratando as dificuldades que um imigrante passa para poder arranjar um meio de melhorar a vida.  É um belo trabalho, o tom amargurado, o olhar esperançoso em meio a situação desencorajadora, ele consegue passar a verdade em seus diálogos com o filho, e nos emociona por diversas vezes. Os créditos também vão para o jovem que interpretou Luís, um garoto complicado, sem rumo, que no final nos surpreende.
Talvez esse não seja o melhor filme sobre o tema imigração, mas consegue nos dar uma parte do que é ser uma pessoa que não é vista como ser humano, mas como burro de carga, a situação é desesperadora, e mesmo assim eles preferem se aventurar e correr o risco, ao invés de ficar no país de origem.

O filme é convincente, retrata uma humanidade sincera. Talvez esse filme chegue perto de muitas pessoas, mexa de algum modo, pois o sofrimento de um pai para dar o melhor ao seu filho é algo que vemos com frequência. Carlos Galindo é a alma do filme, sua tristeza misturada ao amor nos aproxima deste homem tão verdadeiro. Chris Weitz (Lua Nova) conseguiu meu respeito ao dirigir este longa, que tem uma narrativa mais intimista.

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