quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016
Voltando Para Casa / Coming Home / Gui Lai
"Voltando Para Casa" (2014) dirigido pelo mestre Zhang Yimou (Uma Mulher, uma Arma e uma Loja de Macarrão - 2009, A Árvore do Amor - 2010) é uma linda e comovente história de amor que se passa na época da Revolução Cultural e os anos que se seguiram após seu término. Um drama intenso, sensível e poderoso.
Lu Yanshi (Chen Daoming) é um prisioneiro político durante a revolução cultural, mas consegue fugir e ir atrás de sua família para poder ir para bem longe, porém a sua filha Dandan (Zhang Huiwen) está do lado do partido, e por nunca ter conhecido o pai acaba destruindo o reencontro. A cena na estação de trem marcará para sempre a vida da esposa Feng Wanyu (Gong Li), que infelizmente, nunca mais será a mesma. Nos anos 70, no final da revolução, Lu Yanshi é liberto e enfim pode retornar à sua casa, só que se depara com uma situação difícil, Feng não se lembra dele, não consegue perceber que Lu é seu marido, ela sofre um tipo de amnésia causada por uma queda que sofreu devido ao terror que viveu anos atrás. Daí pra frente acompanhamos todo o carinho que Lu oferece a sua mulher, dia após dia tentando com que ela veja que não precisa mais esperar, mas Feng continua a ir na estação de trem esperando o regresso do marido. Dandan já não é mais bailarina e trabalha duro em uma fábrica, arrependida por tudo que fez irá ajudar seu pai a cuidar de sua mãe e fazê-la entender que ele voltou.
O filme apresenta de forma artística todo o contexto político da época - a revolução cultural, que perseguia intelectuais e impedia o ensino superior - a cena inicial em que um exército de garotas segura armas enquanto dançam demonstra a militância da juventude, um período horroroso que destruiu lares e perspectivas de futuro. Gong Li está sublime, merece ser enaltecida por esta atuação densa e impactante, impossível conter as lágrimas nas cenas em que ela está junto de seu marido e o trata como desconhecido, as idas na estação de trem à espera dele é dilacerante. Lu Yanshi de todas as formas tenta, arquiteta planos para que ela recobre a memória, mas é tudo em vão. Há momentos em que ela tem flashes daquele passado miserável e o vê como inimigo, mas há momentos ternos entre os dois, principalmente quando ele lê as cartas que escrevia a ela na época, surge aí uma cumplicidade que alivia a dor.
Lu Yanshi (Chen Daoming) é um prisioneiro político durante a revolução cultural, mas consegue fugir e ir atrás de sua família para poder ir para bem longe, porém a sua filha Dandan (Zhang Huiwen) está do lado do partido, e por nunca ter conhecido o pai acaba destruindo o reencontro. A cena na estação de trem marcará para sempre a vida da esposa Feng Wanyu (Gong Li), que infelizmente, nunca mais será a mesma. Nos anos 70, no final da revolução, Lu Yanshi é liberto e enfim pode retornar à sua casa, só que se depara com uma situação difícil, Feng não se lembra dele, não consegue perceber que Lu é seu marido, ela sofre um tipo de amnésia causada por uma queda que sofreu devido ao terror que viveu anos atrás. Daí pra frente acompanhamos todo o carinho que Lu oferece a sua mulher, dia após dia tentando com que ela veja que não precisa mais esperar, mas Feng continua a ir na estação de trem esperando o regresso do marido. Dandan já não é mais bailarina e trabalha duro em uma fábrica, arrependida por tudo que fez irá ajudar seu pai a cuidar de sua mãe e fazê-la entender que ele voltou.
O filme apresenta de forma artística todo o contexto político da época - a revolução cultural, que perseguia intelectuais e impedia o ensino superior - a cena inicial em que um exército de garotas segura armas enquanto dançam demonstra a militância da juventude, um período horroroso que destruiu lares e perspectivas de futuro. Gong Li está sublime, merece ser enaltecida por esta atuação densa e impactante, impossível conter as lágrimas nas cenas em que ela está junto de seu marido e o trata como desconhecido, as idas na estação de trem à espera dele é dilacerante. Lu Yanshi de todas as formas tenta, arquiteta planos para que ela recobre a memória, mas é tudo em vão. Há momentos em que ela tem flashes daquele passado miserável e o vê como inimigo, mas há momentos ternos entre os dois, principalmente quando ele lê as cartas que escrevia a ela na época, surge aí uma cumplicidade que alivia a dor.
É um melodrama, mas tudo está nas proporções certas, seja nos detalhes, olhares, gestos e silêncios, é uma obra intimista, sofisticada e delicada, uma história emocionante e certamente memorável.
A sensibilidade vai se tornando cada vez maior conforme o final se aproxima, e é tão lindo ver a dedicação de Yanshi a sua amada. É de uma tristeza sem fim, mas bonito e puramente humano.
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