sexta-feira, 29 de janeiro de 2016
1001 Gramas (1001 Gram)
"A carga mais pesada da vida é não ter nada para levar."
"1001 Gramas" dirigido por Bent Hamer (Caro Sr. Horten - 2007) é um filme interessante, porém pode não chamar tanta a atenção por conta do tema inusitado e a narrativa lenta, mas em seu desenrolar acaba surpreendendo e metaforiza de maneira incrível sobre os pesos e as medidas da vida.
Divorciada recentemente, a cientista norueguesa Marie (Ane Dahl Torp) segue rigidamente o roteiro de seu trabalho. O orgulho do instituto de medida onde trabalha é um quilo de peso perfeito, modelo para todas as medições do país, que Marie deve levar para uma grande conferência na França. É sua primeira vez no evento, e a primeira vez que seu pai, colega seu e uma lenda entre cientistas, não vai estar presente. Quando uma emergência familiar abala Marie, ela se vê forçada a encarar novos universos.
Marie tem uma vida toda equilibrada, mas se sente só, seu único contato é com o pai, um famoso cientista e companheiro de trabalho, ela é uma pessoa fria e triste, seu ex-marido está aos poucos levando todos os móveis de sua imensa casa, o que caracteriza um vazio que se nega a enxergar. Sua única distração é visitar seu pai na fazenda, porém as coisas pioram quando ele adoece e para continuar a seguir o desejo dele vai até a França para a convenção dos quilos. Lá, ela conhece Pi (Laurent Stocker), que deixou as certezas e os números de lado para encarar as possibilidades da vida. Os melhores diálogos do filme se dão no momento em que o dois estão juntos.
É um longa que demora a chegar até nós pela distância da protagonista, mas em determinado momento isso muda e compreendemos Marie, e até nos emocionamos em algumas cenas. Vale ressaltar a belíssima fotografia que prima pelo azul, dando um aspecto glacial em sua primeira parte, e a sutil e excelente trilha sonora.
"1001 Gramas" retrata a dificuldade de se lidar com as emoções, as dores e o luto, por vezes o silêncio aterrador assume e em outras reflexões importantes surgem. A vida necessita do desequilíbrio, pois é assim que aprendemos e seguimos em frente.
Destaque para a cena da banheira ao final, onde observamos a transformação de Marie, é delicioso e satisfatório. A discussão em torno do peso real do quilo é uma bela metáfora, nos põe a refletir em quais medidas queremos basear nossas vidas.
A vida é repleta de alternativas, não faz sentido se prender a regras e padrões, é preciso errar e sofrer para aprender, crescer e se transformar. A medida exata é não ter medida!
Divorciada recentemente, a cientista norueguesa Marie (Ane Dahl Torp) segue rigidamente o roteiro de seu trabalho. O orgulho do instituto de medida onde trabalha é um quilo de peso perfeito, modelo para todas as medições do país, que Marie deve levar para uma grande conferência na França. É sua primeira vez no evento, e a primeira vez que seu pai, colega seu e uma lenda entre cientistas, não vai estar presente. Quando uma emergência familiar abala Marie, ela se vê forçada a encarar novos universos.
Marie tem uma vida toda equilibrada, mas se sente só, seu único contato é com o pai, um famoso cientista e companheiro de trabalho, ela é uma pessoa fria e triste, seu ex-marido está aos poucos levando todos os móveis de sua imensa casa, o que caracteriza um vazio que se nega a enxergar. Sua única distração é visitar seu pai na fazenda, porém as coisas pioram quando ele adoece e para continuar a seguir o desejo dele vai até a França para a convenção dos quilos. Lá, ela conhece Pi (Laurent Stocker), que deixou as certezas e os números de lado para encarar as possibilidades da vida. Os melhores diálogos do filme se dão no momento em que o dois estão juntos.
É um longa que demora a chegar até nós pela distância da protagonista, mas em determinado momento isso muda e compreendemos Marie, e até nos emocionamos em algumas cenas. Vale ressaltar a belíssima fotografia que prima pelo azul, dando um aspecto glacial em sua primeira parte, e a sutil e excelente trilha sonora.
"1001 Gramas" retrata a dificuldade de se lidar com as emoções, as dores e o luto, por vezes o silêncio aterrador assume e em outras reflexões importantes surgem. A vida necessita do desequilíbrio, pois é assim que aprendemos e seguimos em frente.
A vida é repleta de alternativas, não faz sentido se prender a regras e padrões, é preciso errar e sofrer para aprender, crescer e se transformar. A medida exata é não ter medida!
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