quarta-feira, 25 de janeiro de 2012
Tomboy
De uma maneira delicada e natural, o tema homossexualidade na infância é a história que esse filme nos conta, a garota Laurie (Zoé Héran) se muda com a família para uma nova casa, e se passa por um menino em meio as outras crianças.
Laurie se passa por Michael, e nos convence, pois ela usa cabelos curtos, roupas de menino e ainda como não passou pela fase crítica da adolescência, a farsa dá certo. Até que se envolve em uma briga para proteger sua irmãzinha menor, a mãe do garoto que apanhou vai até o apartamento reclamar com a mãe de Laurie, e esta descobre a mentira, como castigo faz com que diga para todos a verdade, incluindo Lisa, uma menina por quem Laurie se sente atraída.
Tomboy é uma palavra inglesa designada a uma menina que tem comportamentos masculinos. A mãe de Laurie não se importa que ela se vista como menino e brinque no meio deles, o que ela não quer é que ela minta, e essa é uma boa maneira de ensinar a se aceitar. Não é uma narrativa didática, ao contrário, é uma história simples que não se aprofunda tanto em emoções, apenas nos mostra uma realidade difícil de ser aceita pelos pais e a sociedade em geral, também retrata como o comportamento na infância diz muito de como seremos. De uma forma sensível e pura, o filme trata desse assunto tão falado e cheio de questionamentos de modo diferente.
Descobrir-se é uma tarefa difícil, criar sua própria identidade e dizer pro mundo: "Eu sou assim e ponto", é muito complicado.
O elenco formado por crianças se destaca pelas maravilhosas interpretações, os olhares seguidos por muitos silêncios nos dizem muito. É um filme de sutilezas, onde o assunto é tratado de uma forma natural e extremamente delicada.
Um drama francês dirigido por Céline Sciamma que nos mostra que "Despertar, às vezes é difícil."
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