sexta-feira, 13 de janeiro de 2012
Cavalo de Guerra (War Horse)
Baseado no romance War Horse do escritor britânico Michael Morpurgo, publicado em 1982, onde retrata a saga de um cavalo nascido em Devon, na Inglaterra, e vendido para lutar na primeira guerra mundial em 1914. Enviado a França contra à vontade de seu dono, um jovem inglês, fará de tudo para poder recuperá-lo novamente.
Um drama épico de um cavalo impetuoso, arrematado em um leilão por um homem simples, que reside em uma fazenda com sua esposa e filho. O garoto encantado pelo cavalo, propõem-se a domá-lo, e daí em diante nasce uma amizade leal, que seguirá até o final desta história.
O pai do garoto não tem como pagar a dívida e o aluguel da fazenda, então é obrigado a vender o cavalo às forças armadas inglesas, que está de partida para França.
O cavalo Joey nos emociona do inicio até o fim, e olha que são duas horas e meia de filme. A ideia de bravura que o cavalo passa durante o período da guerra, a inesquecível amizade que sente pelo seu carinhoso dono, e a vontade de retornar para sua casa, é o que torna tudo tão melodramático e extremamente bonito.
Amizade entre animais e humanos sempre nos comove, o final é tão bonito e singelo que é impossível não se emocionar.
Joey passa pelas mãos de diversas pessoas e ele encanta a maioria. Um dos episódios mais emotivos é quando ele sai correndo em busca de sua liberdade sem olhar para nada, na esperança de escapar do sofrimento da guerra sai arrastando os arames farpados contra o peito, e não suportando mais, se enrosca e cai. Os soldados veem algo se mexer no meio do nada, e identificam que é um cavalo, um homem corajoso levanta sua bandeira branca para poder ajudar, e quando chega lá, há um soldado rival que se propõe a ajudar também, colocando as diferenças de lado naquele momento os dois se unem pela compaixão por um animal.
Poderia citar outras partes, como quando o cavalo negro, que sempre esteve ao lado de Joey morre, e este não entendendo, coloca a pata em cima de seu amigo, por assim dizer, chamando-o. E quando seu dono cego pelo gás ouve que encontraram um cavalo, e o reencontro acontece, o reconhecimento de ambas as partes é de encher os olhos d'água.
Steven Spielberg é um mestre, e diferente de seus trabalhos anteriores, e já muito conhecidos, este não tem grandes efeitos especiais, se trata mais de uma produção que carrega em si uma grande carga emotiva.
Com um roteiro bem completo e desenvolvido, nos mostra que naquele cenário de guerra existiam pessoas que não partilhavam dos mesmos ideais, e através do animal os destinos daqueles homens se cruzaram, e a essência do ser humano veio à tona. Olhamos a história com os olhos do Joey, e vemos um belo conto de amizade e lealdade!
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