sexta-feira, 12 de abril de 2013
O Tempero da Vida (Politiki Kouzina)
Fanis Iakovidis é um conhecido professor de astrofísica na Grécia. Com quarenta anos ele chegou a um momento decisivo de sua vida, uma encruzilhada existencial que a ciência não pode auxiliá-lo a compreender. Vassilis, seu avô e mentor, vive em Istambul e desenvolveu sua própria filosofia culinária, reverenciada e aplicada tanto por gregos quanto por turcos. Fanis não vê o avô desde que tinha sete anos de idade, e assim, quando o velho homem decide ir à Grécia depois de tantos anos, sua visita iminente acende a vida de Fanis como um acontecimento histórico. Um filme que retrata a magia da imaginação infantil transformada ao longo da vida por acontecimentos familiares e sociais.
Essa produção grega é dotada de muita sensibilidade e requinte ao contar uma história repleta de sabores e aromas. O clima do filme traz os ensinamentos do avô ao neto e que se misturam com o aspecto político. Fanis sempre escutou o avô, o filósofo Vassilis, que cuidava de uma loja de temperos e lhe ensinou de maneira ingênua que o termo astronomia tem origem na palavra gastronomia, também explicou sobre especiarias, temperos e como estes se relacionam com as pessoas e a vida. Ensinamentos preciosos que ficariam guardados para sempre com Fanis, mas assim como a comida, as vezes erra-se e a vida fica amarga demais, depois que a guerra chegou e os gregos tiveram que sair de Constantinopla (Istambul), Fanis e seus pais se mudaram para a Grécia. O tempo passou e Fanis se tornou um grande astrônomo e um excelente mestre da cozinha, e seu avô nunca apareceu, suas promessas de visitá-lo nunca se concretizaram.
Somos conduzidos por flashbacks incríveis, onde amor e a arte de cozinhar se misturam, vemos a relação de Fanis e Saime, sua paixão de infância, depois sua juventude, onde ele usou os ensinamentos do velho Vassilis na prática, preparando banquetes durante as reuniões de família. Tempos depois já um homem maduro acaba voltando para o lugar onde nasceu devido a morte de seu avô, que nunca arredou os pés de sua pátria. Lá reencontra Saime, seu amor de infância, mas por conta do tempo as coisas não são tão fáceis, tem um gosto adocicado, mas ao mesmo tempo amargo.
A narrativa acompanha as fases de vida do protagonista: aperitivo, primeiro e segundo prato e sobremesa, há também os traços culturais que permeiam todo o filme, como a mulher que deve saber cozinhar perfeitamente antes do casório, utilizando temperos que possa fazer de sua culinária única, um exemplo é a canela nos bolinhos de carne. É realmente um filme maravilhoso, sutil ao abranger um tema histórico político e mesclar dramas pessoais, como promessas não cumpridas e amores.
É evidente que a vida precisa de temperos mais exóticos de vez em quando, tanto para nos surpreender, como para nos aquietar. É preciso saber qual utilizar conforme a situação.
Um dos melhores momentos do filme é quando o avô descreve os temperos e as sensações que eles causam nas pessoas, como a canela que as tornam mais amáveis, ou o cominho que as fazem ficar irritadas, é uma das muitas cenas que fazem deste filme inesquecível. Os sabores podem ser combinados, apesar de diferentes, assim como os povos e as culturas.
É um longa apaixonante e que dá água na boca. Ele mostra o quanto a vida passa rápido e que não podemos deixar de vivê-la por conta de empecilhos do passado, acomodar-se diante dela, pois a hora que se vê já foi e o que sobra são apenas resquícios de lembranças e promessas não cumpridas. "O Tempero da Vida" é baseado nas lembranças do diretor Tassos Boulmetis.
Essa produção grega é dotada de muita sensibilidade e requinte ao contar uma história repleta de sabores e aromas. O clima do filme traz os ensinamentos do avô ao neto e que se misturam com o aspecto político. Fanis sempre escutou o avô, o filósofo Vassilis, que cuidava de uma loja de temperos e lhe ensinou de maneira ingênua que o termo astronomia tem origem na palavra gastronomia, também explicou sobre especiarias, temperos e como estes se relacionam com as pessoas e a vida. Ensinamentos preciosos que ficariam guardados para sempre com Fanis, mas assim como a comida, as vezes erra-se e a vida fica amarga demais, depois que a guerra chegou e os gregos tiveram que sair de Constantinopla (Istambul), Fanis e seus pais se mudaram para a Grécia. O tempo passou e Fanis se tornou um grande astrônomo e um excelente mestre da cozinha, e seu avô nunca apareceu, suas promessas de visitá-lo nunca se concretizaram.
Somos conduzidos por flashbacks incríveis, onde amor e a arte de cozinhar se misturam, vemos a relação de Fanis e Saime, sua paixão de infância, depois sua juventude, onde ele usou os ensinamentos do velho Vassilis na prática, preparando banquetes durante as reuniões de família. Tempos depois já um homem maduro acaba voltando para o lugar onde nasceu devido a morte de seu avô, que nunca arredou os pés de sua pátria. Lá reencontra Saime, seu amor de infância, mas por conta do tempo as coisas não são tão fáceis, tem um gosto adocicado, mas ao mesmo tempo amargo.
A narrativa acompanha as fases de vida do protagonista: aperitivo, primeiro e segundo prato e sobremesa, há também os traços culturais que permeiam todo o filme, como a mulher que deve saber cozinhar perfeitamente antes do casório, utilizando temperos que possa fazer de sua culinária única, um exemplo é a canela nos bolinhos de carne. É realmente um filme maravilhoso, sutil ao abranger um tema histórico político e mesclar dramas pessoais, como promessas não cumpridas e amores.
É evidente que a vida precisa de temperos mais exóticos de vez em quando, tanto para nos surpreender, como para nos aquietar. É preciso saber qual utilizar conforme a situação.
Um dos melhores momentos do filme é quando o avô descreve os temperos e as sensações que eles causam nas pessoas, como a canela que as tornam mais amáveis, ou o cominho que as fazem ficar irritadas, é uma das muitas cenas que fazem deste filme inesquecível. Os sabores podem ser combinados, apesar de diferentes, assim como os povos e as culturas.
É um longa apaixonante e que dá água na boca. Ele mostra o quanto a vida passa rápido e que não podemos deixar de vivê-la por conta de empecilhos do passado, acomodar-se diante dela, pois a hora que se vê já foi e o que sobra são apenas resquícios de lembranças e promessas não cumpridas. "O Tempero da Vida" é baseado nas lembranças do diretor Tassos Boulmetis.
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