sexta-feira, 30 de setembro de 2016

D'Ardennen

"D'Ardennen" (2015) dirigido por Robin Pront é um filme tenso cheio de situações conflituosas, é um drama intenso com muita violência e silêncio. Uma obra impactante!
Em um assalto planejado por dois irmãos, Dave (Jeroen Perceval) e Kenneth (Kevin Janssens), as coisas não saem como esperadas e um deles fica para trás. Quatro anos depois, Kenneth é solto da prisão e muita coisa mudou. Seu irmão, Dave, tenta fugir do seu passado criminoso ao mesmo tempo em que pretende ajudá-lo. Mas com o tempo, os dois se veem presos em um explosivo triângulo amoroso, onde Kenneth quer ter sua ex-namorada de volta.
Kenneth vai para a prisão e mantém seu silêncio em relação a Dave, passa os quatro anos e ele é solto, só que agora Dave não quer mais saber de uma vida criminosa, e além disso está com Sylvie (Veerle Baetens), ex-mulher de Kenneth, este acredita que ela o esperou, mas ao chegar em sua casa percebe as mudanças e logo começa a ficar irritadiço.
Sylvie e Dave escondem a relação, mas aos poucos Kenneth estranha o comportamento do irmão, que não é mais o mesmo e Sylvie se nega a voltar para ele. Ela aceita o convite de passar o natal na casa deles, conversas do passado surgem, uma intranquilidade torna o ambiente tenso, não demora para que Kenneth se sinta enciumado e faça uma besteira. Dave se vê novamente enredado em confusões, ele não pode recusar ajuda a seu irmão, a lealdade é cobrada, portanto vai com ele à região de Ardennes, local que remete a infância deles, mas dessa vez o desfecho será diferente das férias da infância, será um fim marcado por violência. Nesta história não há possibilidades de redenção.
É um forte drama familiar que explode em violência e circunstâncias desastrosas, são personagens marcantes, acompanhamos o desenrolar lento e preciso, o interessante é que não dá pra saber as reações deles, quais as atitudes que irão tomar, o quanto de coragem têm.

É um drama/thriller certeiro, o desencadear de situações na região de Ardennes é surpreendente, brutal. Vale destacar a atuação do excepcional Jan Bijvoet (Borgman - 2013), que faz o maluco ex-colega de cela de Kenny, outro ponto é a trilha sonora eletrizante, com as músicas: "Rigor Mortis" (I Love You), de  Flesh & Bones, "The First Rebirth", de Jones & Stephenson, "Stereo Murders", de Marshall Masters, "The House of House", de Cherrymoon Trax, "Frequency Test", de Strong Heads, entre outras, é um grande estímulo para o espectador, que observa o desenrolar e o desfecho atônito.

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