sexta-feira, 20 de abril de 2012
Tão Forte e Tão Perto (Extremely Loud & Incredibly Close)
Oskar Schell (Thomas Horn) é um garoto muito inteligente que sofre da síndrome de Asperger, e fora seu pai (Tom Hanks) tem muita dificuldade em se relacionar com outras pessoas. Após a morte deste no atentado de 11 de setembro, o menino se vê completamente perdido, traumatizado e sozinho. No armário do pai, Oskar encontra um vaso, após quebrá-lo depara-se com um envelope, e nele há um nome escrito: Black, dentro do envelope acha uma chave, e depois disso passa a querer encontrar o que aquela chave abriria, então começa uma busca, e ele percorre toda NY para encontrar algo que ele nem mesmo sabe se vai achar. A sua ideia foi procurar na lista telefônica quantas pessoas com o nome Black existiam, e descobriu 417, daí começa a procurá-las uma a uma, com o intuito de desvendar o mistério.
Independente da discussão sobre o atentado, o que encontramos nesse longa é a história de uma criança, tentando encontrar uma maneira de manter a lembrança de seu pai sempre por perto, ele acaba conhecendo pessoas que perderam seus entes queridos também e descobre que a vida não foi só injusta com ele.
Baseado no livro homônimo de Jonathan Safran Foer, é um filme de um sentimentalismo exarcebado, um garoto que despreza a mãe e que por onde passa conta sua história comovendo as pessoas, é uma criança repleta de dificuldades e cheia de traumas. Aos poucos vai livrando-se delas, graças ao personagem um tanto estranho que apenas se comunica escrevendo em um bloco de notas, mais tarde ele vem a descobrir que esse homem é seu avô. Por um certo tempo o avô (Max von Sydow) acompanha-o em sua jornada, mas nem ele consegue aturar mais a obsessão de Oskar.
O diretor Stephen Daldry fez um ótimo trabalho, mas o crédito vai para o roteirista Eric Roth, que soube manejar a história. O final é lindo e carrega uma mensagem emocionante.
Sandra Bullock arrasou em seu papel dramático, no princípio apagada, mas em uma reviravolta nos dá uma nova perspectiva da história.
Oskar é um garoto chato, irritante, mas é devido a síndrome de Asperger, ele supera suas limitações e vai em busca de algo que nem sabe o que é, uma maneira de manter o pai perto de si. As suas manias, como andar chacoalhando um pandeiro para se sentir bem é uma das implicâncias que criamos com ele, mas faz parte de sua superação.
O atentado de 11 de setembro é apenas um pano de fundo para contar a história de Oskar, um menino que tenta superar a ausência do pai se aventurando pela cidade. É admirável que mesmo sendo um tema batido seja um filme criativo.
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