Um mistério envolvendo uma paciente assassina internada em Shutter Island (um manicômio judicial), dois agentes federais ao chegar no local se deparam com uma rede de intrigas, o que impedem de voltarem sem solucionar o caso.
Adaptado do livro Paciente 67 de Dennis Lehane, Scorsese dirige com maestria esse desafio da mente humana.
Leonardo DiCaprio como o detetive Teddy Danniels nos confunde do começo ao fim, no desenrolar da história descobrimos que ele não está lá apenas para solucionar o caso de Rachel Solando (Emily Mortimer). Teddy busca a mulher que iniciou o incêndio e matou sua esposa Dolores (Michelle Williams).
Teddy tem dores na cabeça e ilusões envolvendo sua mulher e o campo de concentração onde libertou nazistas. George um paciente do hospital conta que a culpa de tudo é de Teddy e diz sobre os experimentos da ala C (a sala mais perigosa do hospital). Passa a criar atrito com os médicos, quando ele e seu parceiro Chuck (Mark Rufallo) suspeitam terem caído em uma armadilha, cuja intenção é prendê-los no hospício, já que nenhuma pista seguida por eles faz sentido.
Um filme bem tenso e de suspense psicológico, às vezes óbvio de propósito, às vezes nos enganando. O roteiro parece não querer explicar os mistérios que envolve Shutter Island, mas com um bom final tudo é resolvido perfeitamente.
Com ótimos diálogos e muitas reviravoltas, a história tem um clima noir. A transformação de Teddy que passa de uma pessoa segura de si para um lunático paranoico é muito boa, sempre em busca de algo para trazer conforto a sua consciência que custa deixar o passado, sem distinção de realidade e alucinação.
Repleto de dúvidas mesmo que algumas coisas soem previsíveis, nunca se sabe ao certo o que irá acontecer, Scorsese consegue fazer essa proeza em a "Ilha do Medo".
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