Valerie, uma jovem adolescente que vive com sua avó, começa a ter os primeiros contatos com sua consciência sexual quando um grupo circense chega a sua cidade e é presenteada com um par de brincos mágicos. A linha entre sonhos e realidade é tênue nesta fantasia psicológica surrealista. Uma história que trata de amor, medo, sexo e religião. O filme "Valerie e sua Semana de Deslumbramentos" do diretor Jaromil Jires faz parte da New Wave Tcheca que se iniciou em 1960, as obras iam contra todo o realismo da época apresentando características de surrealismo e onirismo. "Valerie..." faz parte do surrealismo estético, onde os sonhos e pesadelos com qualquer tipo de criatura se externalizam.
Valerie é uma garota inocente que vive com sua avó, mas logo uma nova fase surgirá para ela, quando no início ganha um par de brincos que caracterizam a sua mudança. A narrativa carrega simbolismos muito bonitos, como o sangue pingando nas margaridas mostrando que a menina terá pela frente várias descobertas. De repente, ela começa a enxergar todos ao seu redor de outra forma e demoniza os adultos, a volúpia é a grande protagonista do filme. O amadurecimento sexual é o foco, a mistura de realidade e sonhos caracterizam diversos sentimentos, dos quais se fazem presentes nesta fase tão confusa. O despertar é trabalhado de maneira completamente onírica, onde o paganismo naturalista junta-se aos ícones, símbolos e rituais cristãos.
Vale dar uma conferida neste exemplar maravilhoso da New Wave Tcheca e se deslumbrar com todos os elementos do filme.
Esmeralda é uma adolescente com uma obsessão incomum: ela coleciona objetos perdidos, esquecidos ou descartados e os guarda em uma caixa embaixo de sua cama. É a história dessas coisas insignificantes e das pessoas por trás delas, todos de alguma maneira incapazes de se conectar com quem mais amam. Esses objetos, dentro de uma caixa, representam tanto a ausência da comunicação como sua possibilidade.
O filme entrelaça diversas pessoas que fazem parte do cotidiano de Esmeralda através dos objetos que ela encontra e guarda para si, em capítulos vamos conhecendo-os, assim como os seus respectivos donos, e a história delicadamente nos apresenta uma gama de possibilidades. É leve ao abordar o como certas coisas que julgamos pequenas dizem muito sobre nós.
Dirigido por Andrea Martínez, "Coisas Insignificantes" tem uma aura de esperança, o roteiro simples e suave, juntamente com as atuações naturais cativa e nos faz pensar na nossa própria vida e suas insignificâncias.
Um menino acreditando trazer má sorte para todos em torno dele leva a sua família e dois novos amigos através de Laos para encontrar um novo lar. Depois de uma viagem cheia de calamidade por uma terra marcada pelo legado da guerra, para provar que ele não traz má sorte, ele constrói um foguete gigante para entrar na competição mais emocionante e perigosa do ano: O Festival de Rocket.
"The Rocket" filme de estreia do diretor australiano Kim Mardaunt é despretensioso ao mostrar a história de um menino marcado pela crença de seu povo e os desastres envoltos do local. Ambientada no Laos, Ahlo é um garotinho nascido em uma tribo que possui a crença de que quando se nasce gêmeos, um é abençoado e outro é amaldiçoado, seu irmão nasce morto, portanto não se sabe o que Ahlo será, mas conforme cresce devido a algumas coisas ruins que vão acontecendo ele é considerado amaldiçoado. Ao encontrar Kia e Tio Roxo no campo de refugiados em que se mudaram por causa da construção de uma hidrelétrica onde moravam, ele decide quebrar esse esteriótipo que criaram para ele.
A narrativa pode ser considerada clichê, mas isso não tira a beleza, ao contrário, dá magia à história tão cheia de sofrimento. Não há mal nenhum em utilizar meios para colorir algo tão terrível, e o diretor soube enfatizar detalhes importantes do povo, mesmo que exagerando é um belo filme de final feliz, não poderia ser diferente, você torce para Ahlo a cada segundo.
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