"O Príncipe do Deserto" (2011) pode aparentar ser uma fábula fantasiosa devido ao título, mas não é bem assim, o título original "Black Gold" dá a deixa de uma história de ideologias e tradições. Não deixe esse filme passar despercebido.
Retratando a descoberta do petróleo em um tempo longínquo (o petróleo foi descoberto no Oriente Médio, área que mais contém o recurso disparadamente até hoje). Após terminar uma grande guerra, cuja Nassib (Antônio Banderas) acabou ganhando, ele aceita ficar com os filhos de Ammar (Mark Strong), até que a maioridade seja atingida a fim de selar um acordo de paz para que a ordem seja mantida. A única condição imposta foi que a terra chamada de "faixa amarela" entre os dois reinos não pertencentes a ninguém, continuasse daquela forma sem donos. O acordo então é selado. Anos se vão e o rei Nassib se vê em meio a uma epidemia de cólera e falta d'água, mas aí surge uma promessa de riqueza através do petróleo, só que este está na terra de ninguém, ou seja, justo na "faixa amarela".
Nassib aceitou que extraíssem petróleo, e daí começou a instabilidade com Ammar novamente. A briga entre eles é interessante, pois Nassib quer enriquecer seu povo, trazer alternativas mais modernas para a região, já Ammar se apega a suas tradições, dizendo que o dinheiro só traz desgraça e ambição ao ser humano. A religião islâmica é mostrada com respeito e de forma muito bonita, ao contrário do que vemos sempre, com seus fanatismos e fundamentalismos. Há um debate entre o novo e o velho, o que diz o Corão pode ser interpretado de diversas maneiras. Pode se enxergar a guerra, como também a paz, depende dos olhos e do coração de quem o lê.
Auda (Tahar Rahim) é o filho mais novo de Ammar deixado quando criança a Nassib como acordo. Inteligente, observador, sempre mergulhado em seus livros, se tornará um homem que liderará o futuro desta história. Suas mudanças em relação ao que acontece são bem naturais, revelando que há um líder dentro de si. Há também romance em meio a tudo isso, mas em nenhum momento torna o filme piegas ou melodramático. Antônio Banderas segura bem o seu personagem, ele é um revolucionário, tem ideias para o bem-estar de seu povo e com o lucro do petróleo consegue muitos benefícios, mas não se priva de comprar coisas para si. Não há vilões nesta história, apenas pontos de vista diferentes, não há o certo e o errado. Ammar interpretado pelo talentoso Mark Strong enfatiza o poder da tradição de seu povo, e cria bastante empatia, cheguei a concordar com vários aspectos citados por ele em algumas partes, sobre o capitalismo, o consumismo e toda a ambição criada pelo dinheiro.
"O Príncipe do Deserto" é um ótimo entretenimento e nos manda uma mensagem sobre lealdade, princípios, progresso, fé, e a tradição de um povo sempre visto como vilão.
"Se Alá não quisesse a prosperidade de nosso povo, porque então colocaria petróleo na nossa terra", esse é um dos questionamentos que Auda faz ao pai e ao povo que é contra as mudanças. Jean-Jacques Annaud nos traz um filme épico não convencional.
As mudanças depois da descoberta do "Ouro Negro", e os dogmas versus prosperidade, tudo isso contribui para ser um filme único, e também hipnotizante pela sua beleza paisagística, é incrível como o deserto pode ser fascinante e ao mesmo tempo tão cruel.
Retratando a descoberta do petróleo em um tempo longínquo (o petróleo foi descoberto no Oriente Médio, área que mais contém o recurso disparadamente até hoje). Após terminar uma grande guerra, cuja Nassib (Antônio Banderas) acabou ganhando, ele aceita ficar com os filhos de Ammar (Mark Strong), até que a maioridade seja atingida a fim de selar um acordo de paz para que a ordem seja mantida. A única condição imposta foi que a terra chamada de "faixa amarela" entre os dois reinos não pertencentes a ninguém, continuasse daquela forma sem donos. O acordo então é selado. Anos se vão e o rei Nassib se vê em meio a uma epidemia de cólera e falta d'água, mas aí surge uma promessa de riqueza através do petróleo, só que este está na terra de ninguém, ou seja, justo na "faixa amarela".
Nassib aceitou que extraíssem petróleo, e daí começou a instabilidade com Ammar novamente. A briga entre eles é interessante, pois Nassib quer enriquecer seu povo, trazer alternativas mais modernas para a região, já Ammar se apega a suas tradições, dizendo que o dinheiro só traz desgraça e ambição ao ser humano. A religião islâmica é mostrada com respeito e de forma muito bonita, ao contrário do que vemos sempre, com seus fanatismos e fundamentalismos. Há um debate entre o novo e o velho, o que diz o Corão pode ser interpretado de diversas maneiras. Pode se enxergar a guerra, como também a paz, depende dos olhos e do coração de quem o lê.
Auda (Tahar Rahim) é o filho mais novo de Ammar deixado quando criança a Nassib como acordo. Inteligente, observador, sempre mergulhado em seus livros, se tornará um homem que liderará o futuro desta história. Suas mudanças em relação ao que acontece são bem naturais, revelando que há um líder dentro de si. Há também romance em meio a tudo isso, mas em nenhum momento torna o filme piegas ou melodramático. Antônio Banderas segura bem o seu personagem, ele é um revolucionário, tem ideias para o bem-estar de seu povo e com o lucro do petróleo consegue muitos benefícios, mas não se priva de comprar coisas para si. Não há vilões nesta história, apenas pontos de vista diferentes, não há o certo e o errado. Ammar interpretado pelo talentoso Mark Strong enfatiza o poder da tradição de seu povo, e cria bastante empatia, cheguei a concordar com vários aspectos citados por ele em algumas partes, sobre o capitalismo, o consumismo e toda a ambição criada pelo dinheiro.
"O Príncipe do Deserto" é um ótimo entretenimento e nos manda uma mensagem sobre lealdade, princípios, progresso, fé, e a tradição de um povo sempre visto como vilão.
"Se Alá não quisesse a prosperidade de nosso povo, porque então colocaria petróleo na nossa terra", esse é um dos questionamentos que Auda faz ao pai e ao povo que é contra as mudanças. Jean-Jacques Annaud nos traz um filme épico não convencional.
As mudanças depois da descoberta do "Ouro Negro", e os dogmas versus prosperidade, tudo isso contribui para ser um filme único, e também hipnotizante pela sua beleza paisagística, é incrível como o deserto pode ser fascinante e ao mesmo tempo tão cruel.
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