"O Enterro de Kojo" (2018) dirigido pelo também músico Sam Blitz Bazawule é uma obra acima de tudo plástica, encanta pelo visual, mas a narrativa não deixa a desejar, seu onirismo e poesia se encaixam belamente. O filme é uma fábula que mistura viagem espiritual, memórias, vingança e transformação.
Kojo (Joseph Otsiman) e seu irmão, Kwabena (Kobina Amissah-Sam), sempre tiveram um péssimo relacionamento. Kojo provocou um acidente que resultou na morte da noiva do irmão, no dia em que eles iriam se casar. Sete anos mais tarde, Kwabena coloca em ação sua vingança e deixa Kojo à beira da morte em uma mina. A única esperança do homem é sua filha, Esi (Cynthia Dankwa), que tenta encontrá-lo. Ela relata suas memórias de infância e essa história por meio de um olhar de realismo mágico e uma série de sonhos bizarros.
Repleto de metáforas visuais somos conduzidos por uma história narrada de forma não linear por uma Esi adulta, em sua maioria são tomadas que remetem a sensação de sonho ou imaginação, uma espécie de conto de fadas, mas com a identidade do país e que ousa em sua narrativa e exposições visuais, os atores entregam bons personagens e nos envolvem na atmosfera. Conhecemos Kojo pelos olhos de sua filha, Esi, ela nos conta sobre uma tragédia e sobre os sonhos recorrentes de seu pai e o como ele acreditava que apenas a água poderia apagar o passado, então por conta disso se mudou antes dela nascer para uma vila rodeada por nada a não ser água. Foi lá que conheceu sua esposa e Esi nasceu com a promessa dos adivinhos da região que traria prosperidade e boa sorte. O tempo com o seu pai durante a infância é retratado e o quanto ele gostava de contar histórias das quais não possuíam significados inicialmente, mas que se amarravam e faziam sentido em seu final. E é assim que o filme vai se desnovelando, sob formas curiosas que envolvem lendas entrelaçadas por memórias que fazem a pequena Esi amadurecer. Um dia aparece um velho cego na vila e diz que o corvo do reino intermediário estava tentando capturar o pássaro sagrado e que somente uma criança de coração puro poderia mantê-lo salvo, Esi sonha com o corvo nesta noite, daí o irmão de Kojo aparece na vila e diz que os esperam na cidade, chegou o momento de enfrentar o passado. Lá os dois se desdobram para conseguir emprego nas minas, mas as circunstâncias são ruins e apelam para um local do qual está fechado e é muito perigoso, Kojo sofre um acidente e fica dias desaparecido. Nesse meio tempo vemos Esi ao lado da avó vendo novelas bem precárias e após o acidente ela entende que é a única que pode ajudar seu pai.
Repleto de metáforas visuais somos conduzidos por uma história narrada de forma não linear por uma Esi adulta, em sua maioria são tomadas que remetem a sensação de sonho ou imaginação, uma espécie de conto de fadas, mas com a identidade do país e que ousa em sua narrativa e exposições visuais, os atores entregam bons personagens e nos envolvem na atmosfera. Conhecemos Kojo pelos olhos de sua filha, Esi, ela nos conta sobre uma tragédia e sobre os sonhos recorrentes de seu pai e o como ele acreditava que apenas a água poderia apagar o passado, então por conta disso se mudou antes dela nascer para uma vila rodeada por nada a não ser água. Foi lá que conheceu sua esposa e Esi nasceu com a promessa dos adivinhos da região que traria prosperidade e boa sorte. O tempo com o seu pai durante a infância é retratado e o quanto ele gostava de contar histórias das quais não possuíam significados inicialmente, mas que se amarravam e faziam sentido em seu final. E é assim que o filme vai se desnovelando, sob formas curiosas que envolvem lendas entrelaçadas por memórias que fazem a pequena Esi amadurecer. Um dia aparece um velho cego na vila e diz que o corvo do reino intermediário estava tentando capturar o pássaro sagrado e que somente uma criança de coração puro poderia mantê-lo salvo, Esi sonha com o corvo nesta noite, daí o irmão de Kojo aparece na vila e diz que os esperam na cidade, chegou o momento de enfrentar o passado. Lá os dois se desdobram para conseguir emprego nas minas, mas as circunstâncias são ruins e apelam para um local do qual está fechado e é muito perigoso, Kojo sofre um acidente e fica dias desaparecido. Nesse meio tempo vemos Esi ao lado da avó vendo novelas bem precárias e após o acidente ela entende que é a única que pode ajudar seu pai.
Pode parecer um amontoado de cenas, mas elas conversam entre si e terminam por se encaixar, metáforas visuais vão de encontro com a história de Kojo e o irmão. Na verdade, a história é bem simples e envolve o sentimento de culpa colocado em simbólicas imagens, esbanja poesia e originalidade, uma linda experiência vinda de Gana, cujo cinema é tão pouco divulgado.
"O Enterro de Kojo" fascina por sua linda estética surreal e também garante uma apreciação de sua narrativa que brinca com a linha do tempo e nos absorve numa fábula de viagem espiritual e lendas, além da redenção do pai e amadurecimento da filha.
Boas festas para vc e sua família!
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