"Viva" (2015) dirigido pelo irlandês Paddy Breathnach (Blow Dry - 2001) é um filme ambientado em Cuba que reflete sobre questões importantes, como preconceito, família e sonhos com total firmeza e também delicadeza, o protagonista causa empatia e o acompanhamos nesta jornada de aprendizado, onde o resgate do amor e o sonhar se misturam. Uma bela história, tão essencial para todos nós refletirmos.
Quando tudo está à venda, qual o preço do amor? Jesus (Héctor Medina) é maquiador de um grupo de drag queens em Havana, mas sonha em se apresentar. Quando ele finalmente tem a chance de estar no palco, um estranho surge da multidão e bate em seu rosto. O estranho é seu pai Angel (Jorge Perugorría), um antigo lutador, que estava ausente por 15 anos de sua vida. Com pai e filho em conflito sobre suas expectativas opostas um do outro, Viva é uma história de amor sobre homens que lutam para se entender e voltar a ser uma família novamente.
Seguimos Jesus em seu cotidiano, pelas ruas de Cuba, a sua luta solitária para se sustentar arrumando cabelos de velhinhas e escovando as perucas das drags numa casa noturna, seu maior desejo é se apresentar e um dia surge a oportunidade, então se monta e entra no palco, Mama (Luis Alberto García), que comanda tudo por lá o protege dando conselhos, o incentiva ensinando a arte do espetáculo, Jesus realiza seu sonho passeando pelo salão interpretando, mas de repente leva um soco de um homem, que diz ser seu pai. Angel se instala na antiga casa e Jesus não se altera, mas fica chocado pela volta do pai que foi preso quando ainda era pequeno, Angel o proíbe de frequentar a casa de shows, o único sustento de Jesus, e daí esperamos uma reação mais enfática dele, mas não, por muitas vezes nos perguntamos o motivo desse garoto não o expulsar de lá, suas atitudes perante esse pai nos fazem refletir muito, sobre a importância de ter alguém da família por perto, um fator interessante é que o pai de Jesus não se importa dele ser gay, o que o incomoda é ele se montar, ele é um homem durão, ex-lutador que afundou a carreira cometendo um crime, está no fundo do poço, não consegue arranjar emprego e passa os dias a beber e a fumar. Jesus por um bom tempo acaba apelando para a prostituição, já que nada ganha arranjando os cabelos das velhinhas, tudo o que consegue é para comprar comida.
A relação com o pai vai tomando uma outra forma quando Angel fica doente e Jesus cuida dele, a proximidade dá a chance desse pai entender o como seu filho tem um coração bom, e aos poucos se livrando desse preconceito e entendendo o sonho de Jesus, que amadurece e ganha ainda mais forças para seguir em busca do que quer.
O filme passeia por vários temas, como família, preconceito, sonhos e se aprofunda em cada um deles, é extremamente bela a interpretação de Héctor Medina, causa grande empatia, seus olhos jorram sentimentos, uma delicadeza melancólica, Jorge Perugorría também excelente em sua figura machista que se transforma pela bondade do filho, e sem deixar de enaltecer a interpretação de Luis Alberto García como Mama, que representa a maturidade e força. Outro ponto a se destacar é a intensa e dramática trilha sonora, boleros de se jogar no chão de tanto chorar, por exemplo, "El Amor".
O filme passeia por vários temas, como família, preconceito, sonhos e se aprofunda em cada um deles, é extremamente bela a interpretação de Héctor Medina, causa grande empatia, seus olhos jorram sentimentos, uma delicadeza melancólica, Jorge Perugorría também excelente em sua figura machista que se transforma pela bondade do filho, e sem deixar de enaltecer a interpretação de Luis Alberto García como Mama, que representa a maturidade e força. Outro ponto a se destacar é a intensa e dramática trilha sonora, boleros de se jogar no chão de tanto chorar, por exemplo, "El Amor".
"Viva" é lindo e sua beleza e força de expressão já começa pelo título, uma exultação triste e feliz ao mesmo tempo, mas libertadora. A transformação, a aceitação que se dá no fim exemplifica perfeitamente, uma cena marcante e uma lição que todos deveriam aprender.
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