"13 Minutos" (2015) dirigido por Oliver Hirschbiegel (A Queda! As Últimas Horas de Hitler - 2004) traz mais uma história sobre o nazismo, dessa vez retrata o inconformismo e a ousadia de um único homem, que por pouco poderia ter acabado com Hitler.
Uma biografia de Georg Elser, o homem que tentou matar Adolf Hitler. Em 8 de novembro de 1939, Elser implantou uma bomba atrás de um púlpito usado por Hitler, em Munique. Mas o Führer deixou o local mais cedo que o esperado, contrariando o plano que poderia ter evitado a Segunda Guerra Mundial.
Elser é interpretado por um inspirado Christian Friedel, um carpinteiro e músico pacato que percebe os horrores que estão por vir e decide agir por conta própria. A história tem em si duas partes que se alternam, a primeira consiste neste atentado, a sua prisão, interrogatórios e torturas, pois os nazistas não acreditavam que ele teria arquitetado tudo sozinho. E a segunda se dá por flashbacks mostrando a vida e a personalidade de Elser. O romance entre Elser e Elsa (Katharina Schüttle) toma uma boa parte da narrativa, ela é uma mulher casada com um alcoólatra violento que termina se aliando aos nazistas, Elser pela primeira vez apaixonado necessita estar ao lado dela, então aluga um quarto na casa deles enquanto trabalha pesado, mas mesmo assim não tem condições de tirá-la de lá. A situação financeira é precária e sua antipatia com o regime só acentuam os problemas.
O interessante da trama é mostrar um homem inconformado, um sujeito consciente do meio em que vive. Apartidário, mesmo que seus amigos sejam comunistas e ataquem os nazistas da sua pequena cidade, ele segue evitando qualquer tipo de violência, mas a cada discurso de Hitler vai percebendo mudanças, seja no modo de pensar de seus vizinhos, na demissão daqueles que não seguem o regime e logo a violência vai surgindo e Elser vê a nuvem negra pairando no ar, assim se empenha ao máximo para dar um fim nisso. As cenas de interrogatórios e torturas são inúmeras e provocam angústia, o som ajuda a acentuar a violência que cometem contra Elser. A narrativa está comprometida em nos mostrar o porquê de seu ato e não o como ele elaborou seu plano. Os nazistas não acreditavam de forma alguma que apenas um homem seria capaz de tal façanha.
O interessante da trama é mostrar um homem inconformado, um sujeito consciente do meio em que vive. Apartidário, mesmo que seus amigos sejam comunistas e ataquem os nazistas da sua pequena cidade, ele segue evitando qualquer tipo de violência, mas a cada discurso de Hitler vai percebendo mudanças, seja no modo de pensar de seus vizinhos, na demissão daqueles que não seguem o regime e logo a violência vai surgindo e Elser vê a nuvem negra pairando no ar, assim se empenha ao máximo para dar um fim nisso. As cenas de interrogatórios e torturas são inúmeras e provocam angústia, o som ajuda a acentuar a violência que cometem contra Elser. A narrativa está comprometida em nos mostrar o porquê de seu ato e não o como ele elaborou seu plano. Os nazistas não acreditavam de forma alguma que apenas um homem seria capaz de tal façanha.
O que o filme quer expor é o como um regime autoritário se instala, aos poucos colocando ideias que seriam a salvação para um país, as pessoas descontentes e cansadas do mais do mesmo terminam por aderir, primeiro mudando o modo de pensar inserindo regras em "prol" do bem-estar coletivo, aquele que não vai de encontro a esses ideais toma consciência do perigo. Elser sentiu esse perigo com os discursos e a maneira com que Hitler estava conduzindo, a população estava se tornando cega. Foi por 13 minutos que Hitler se salvou, e aí refletimos se caso esse plano tivesse dado certo, será que as coisas iriam para um outro rumo, ou haveriam sucessores?
"13 Minutos" é um longa que traz um recorte curioso de um tema já tão desgastado no cinema, a Segunda Guerra, mas que se for mais a fundo propõe uma discussão de extrema importância, que é estar lúcido e contestar as ideologias políticas, pois seguir cegamente um partido será sempre sinal de maus tempos.
É sempre interessante a visão dos próprios alemães sobre o nazismo. Mesmo sendo minoria e perseguidos, ainda existiram alguns que tentaram mudar a situação.
ResponderExcluirO filme é bom e como vc bem citou, vale destacar a forma como o roteiro mostra o crescimento do nazismo
Abraço