"O Tesouro" (2015) dirigido por Corneliu Porumboiu (A Leste de Bucareste - 2006) tem todo o aspecto de conto de fadas, e não é à toa ser Robin Hood a história que o pai conta sempre ao seu filho. A simplicidade dos personagens, a vida comum e tão ordinária, esse é o grande atrativo do filme, não pensamos que nada extraordinário possa acontecer.
Costi (Toma Cuzin) leva uma vida pacífica. À noite, gosta de ler histórias para seu filho de 6 anos, para ajudá-lo a dormir. A favorita deles é "Robin Hood". Costi se vê como o herói - justiceiro e defensor dos oprimidos. Uma noite, seu vizinho (Adrian Purcarescu) lhe faz uma visita inesperada e compartilha um segredo: há um tesouro enterrado no jardim de seus avós, ele tem certeza disso. Se Costi pagar por um detector de metais para ajudar a localizá-lo, ele vai dar-lhe metade de tudo o que acharem. Cético no início, Costi acaba não conseguindo resistir. Ele está a bordo. Os dois cúmplices têm um fim de semana para localizar o tesouro. Apesar de todos os obstáculos em seu caminho, Costi recusa-se a se desencorajar. Para sua esposa e filho, ele é um verdadeiro herói - nada e ninguém vai pará-lo.
Costi acredita no que o vizinho diz e resolve entrar nessa jornada, sua situação financeira também é complicada e o tesouro seria um alívio, além de mostrar ao seu filho que ele realmente é um herói. Os dois seguem ao interior da Romênia, mas há um problema, se eles encontrarem alguma coisa a polícia deverá ser informada e o poder público decidirá se é patrimônio nacional ou não. O humor é sutil, seco e a trama objetiva e simples. A história do tesouro é incerta, teria realmente uma fortuna enterrada no quintal da casa da família do vizinho de Costi? Segundo o que ele soube seria possível, já que foi enterrado por causa do confisco do regime comunista.
Os personagens são pessoas normais que lidam com problemas reais, igual a qualquer um de nós, por isso é tão difícil acreditar que algo surpreendente possa acontecer, mas o filme fica entre a realidade e a fantasia. Todo o esforço da procura pelo tesouro acompanhamos hipnotizados, são situações tragicômicas, inacreditáveis, o terreno é grande e o cara do detector de metais tem dificuldades, quando encontram o local chega o momento de cavar e cavar muito. Os dois nunca tiveram nenhum luxo e nem sabem o que fazer caso achem dinheiro, então sem nada a perder cavam na esperança de encontrar alguma coisa, mas o olhar não é de ganância ou ambição, especialmente de Costi. A cena final é lindíssima e retrata, na verdade, o que o tesouro representa para ele, fazendo referência a história de Robin Hood.
"O Tesouro" é um filme interessante que coloca em pauta questões político-sociais com um quê de fantasia, mas sem fugir da realidade. O ritmo é lento, o humor frio e surpreende, pois não se espera nada, e de repente...
A música dos créditos finais também diz muito, "Life is Life" da banda Laibach, que une política e polêmica, eles são conhecidos por suas versões, como o cover do álbum "Let it Be" dos Beatles.
Costi (Toma Cuzin) leva uma vida pacífica. À noite, gosta de ler histórias para seu filho de 6 anos, para ajudá-lo a dormir. A favorita deles é "Robin Hood". Costi se vê como o herói - justiceiro e defensor dos oprimidos. Uma noite, seu vizinho (Adrian Purcarescu) lhe faz uma visita inesperada e compartilha um segredo: há um tesouro enterrado no jardim de seus avós, ele tem certeza disso. Se Costi pagar por um detector de metais para ajudar a localizá-lo, ele vai dar-lhe metade de tudo o que acharem. Cético no início, Costi acaba não conseguindo resistir. Ele está a bordo. Os dois cúmplices têm um fim de semana para localizar o tesouro. Apesar de todos os obstáculos em seu caminho, Costi recusa-se a se desencorajar. Para sua esposa e filho, ele é um verdadeiro herói - nada e ninguém vai pará-lo.
Costi acredita no que o vizinho diz e resolve entrar nessa jornada, sua situação financeira também é complicada e o tesouro seria um alívio, além de mostrar ao seu filho que ele realmente é um herói. Os dois seguem ao interior da Romênia, mas há um problema, se eles encontrarem alguma coisa a polícia deverá ser informada e o poder público decidirá se é patrimônio nacional ou não. O humor é sutil, seco e a trama objetiva e simples. A história do tesouro é incerta, teria realmente uma fortuna enterrada no quintal da casa da família do vizinho de Costi? Segundo o que ele soube seria possível, já que foi enterrado por causa do confisco do regime comunista.
Os personagens são pessoas normais que lidam com problemas reais, igual a qualquer um de nós, por isso é tão difícil acreditar que algo surpreendente possa acontecer, mas o filme fica entre a realidade e a fantasia. Todo o esforço da procura pelo tesouro acompanhamos hipnotizados, são situações tragicômicas, inacreditáveis, o terreno é grande e o cara do detector de metais tem dificuldades, quando encontram o local chega o momento de cavar e cavar muito. Os dois nunca tiveram nenhum luxo e nem sabem o que fazer caso achem dinheiro, então sem nada a perder cavam na esperança de encontrar alguma coisa, mas o olhar não é de ganância ou ambição, especialmente de Costi. A cena final é lindíssima e retrata, na verdade, o que o tesouro representa para ele, fazendo referência a história de Robin Hood.
"O Tesouro" é um filme interessante que coloca em pauta questões político-sociais com um quê de fantasia, mas sem fugir da realidade. O ritmo é lento, o humor frio e surpreende, pois não se espera nada, e de repente...
A música dos créditos finais também diz muito, "Life is Life" da banda Laibach, que une política e polêmica, eles são conhecidos por suas versões, como o cover do álbum "Let it Be" dos Beatles.
São tantos filmes interessantes que a lista é sempre grande.
ResponderExcluirEste é mais um que desejo assisti.
Abraço