“Mot
Naturen” (2014) dirigido e protagonizado por Ole Giæver (Fjellet – 2011) é um
filme introspectivo do qual retrata a viagem existencial de Martin, que
desesperado por causa de seu cotidiano vai para às montanhas
passar um fim de semana essencial e quase pueril. Mergulhamos dentro de seus pensamentos e partilhamos de seus sentimentos e fantasias.
O filme retrata
de forma incrível o ser humano e o como pensamos. Martin é o clássico modelo de
homem na sociedade, trabalhador, casado e pai de um menino, ele está claramente
sufocado com sua vida e olha para seus colegas e esposa de modo distante, ele parece não se encaixar em nada. Martin não deseja sair para beber com os seus colegas de trabalho e nem passar o fim
de semana com a família, então arranja suas coisas e vai para às montanhas,
seus questionamentos passeiam por vários aspectos, desde os mais reflexivos, a
divertidas, ou imaginativas situações. Martin é um cara comum, não é feito de qualidades
apenas, como a maioria aparenta, por isso se sente desesperado e tenta se recuperar de tudo isso sozinho, longe da confusão cotidiana. Mas quando chega se pergunta se esta é a decisão certa, pois ele poderia estar
junto de sua família, brincando com seu filho, do qual não é muito próximo,
várias vezes seus pensamentos pairam sobre isso e Martin não sabe muito bem como ser pai. Vemos alguns flashbacks de quando era
criança e sutilmente exemplifica um pouco de sua personalidade atual.
Seus sentimentos estão aprisionados, e na natureza ele pode dar vazão a eles e tenta compreender quem de fato é. Super interessante acompanhar o fluxo de sua consciência, suas alternâncias e confusões representam o quão o ser humano é complexo ao lidar com a rotina e com que lhe é basicamente programado. Martin nos conta em pensamentos o como conheceu sua esposa, ele fantasia possibilidades, como o divórcio ou até a morte dela. Estar consigo mesmo é algo difícil, quase sempre estamos rodeados de pessoas, de normas a gritar: Isto é assim e siga por aqui. Ir de encontro com que deseja se tornou praticamente impossível, todos estão a postos para lhe impor e te sufocarem com padrões. Martin nem sabe o que ele quer, está absorvido pelo mais do mesmo de sua vida e perdido tenta se localizar em meio as árvores, os rios e as montanhas. Nas palavras do diretor: “Para estar presente no mundo, antes é preciso estar presente em si mesmo”. Essa é a mais pura e essencial verdade.
Seus sentimentos estão aprisionados, e na natureza ele pode dar vazão a eles e tenta compreender quem de fato é. Super interessante acompanhar o fluxo de sua consciência, suas alternâncias e confusões representam o quão o ser humano é complexo ao lidar com a rotina e com que lhe é basicamente programado. Martin nos conta em pensamentos o como conheceu sua esposa, ele fantasia possibilidades, como o divórcio ou até a morte dela. Estar consigo mesmo é algo difícil, quase sempre estamos rodeados de pessoas, de normas a gritar: Isto é assim e siga por aqui. Ir de encontro com que deseja se tornou praticamente impossível, todos estão a postos para lhe impor e te sufocarem com padrões. Martin nem sabe o que ele quer, está absorvido pelo mais do mesmo de sua vida e perdido tenta se localizar em meio as árvores, os rios e as montanhas. Nas palavras do diretor: “Para estar presente no mundo, antes é preciso estar presente em si mesmo”. Essa é a mais pura e essencial verdade.
O longa tem cenas lindíssimas, a câmera busca sempre detalhar não só o personagem como tudo que o circunda. Seus pensamentos entram em harmonia com a natureza. Martin vai em busca de sua própria natureza, um encontro consigo mesmo, avalia suas escolhas para assim poder seguir em frente. Nos identificamos com Martin e podemos observar que assim como ele somos muitos, o dia a dia nos limita a ser só um. Carregamos tantos sentimentos e o sentir-se aprisionado acaba sendo algo que inevitavelmente acontece. Também estamos em constante transformação, a cada experiência mudamos, mas para isso não se tornar confuso precisamos olhar para dentro e se perguntar e, principalmente se enxergar.
“Mot
Naturen” é delicioso de se assistir, tem uma dinâmica interessante, propõe ao
espectador um tema reflexivo e traz momentos divertidos. É simples,
porém genial!