"A Ditadura Perfeita" (2014) é um filme mexicano dirigido por Luis Estrada (O Inferno - 2010) e conta a história de um governador egocêntrico que busca a cadeira presidencial e de como ele utiliza a televisão para distrair a opinião pública dos grandes problemas do país. É uma sátira inteligente, onde mostra todas as articulações da mídia e uma política que mais se assemelha a um circo.
O início do filme já avisa: "Qualquer semelhança com a realidade não é simples coincidência". O diretor fez uma baita crítica ao país denunciando alianças entre a mídia e o principal partido, o PRI, que esteve no poder a cerca de 71 anos, sendo expulso somente em 2000 pelo povo, mas que acabou se recuperando em 2012.
Diariamente vemos um jornalismo sensacionalista sem compromisso com a verdade, mas apenas com seus interesses políticos e financeiros, ludibriam a massa de maneira sorrateira e na maioria das vezes como o filme exemplifica de forma esdrúxula. O longa faz questão de ser caricato e escrachado ao expor políticos que nada entendem a não ser de roubar o dinheiro do povo, políticos burros em um país carente de absolutamente tudo.
Há personagens como o presidente jovem (Sergio Mayer), que diz só baboseiras, a cena em que ele recebe o embaixador norte-americano é tragicômica, ele diz: "Diga a ele (Obama) que o meu povo está disposto a fazer todos os trabalhos sujos que nem os negros querem fazer". Há o governador (Damián Alcázar) corrupto que recorrentemente aparece dando propina e que se alia à principal emissora do México que tem a missão de limpar seu nome através de meios que distraiam a atenção dos telespectadores, como um sequestro inventado, e também o associando à celebridades. Carlos Rojo (Alfonso Herrera) é um ambicioso produtor de telejornal, ele é quem arquiteta os planos mentirosos para que o governador apareça como um político do bem, o repórter Ricardo Díaz (Osvaldo Benavides) e o apresentador Jávier Perez (Saúl Lisazo) o ajudam a aumentar de forma sensacionalista os acontecimentos em torno disso.
Há personagens como o presidente jovem (Sergio Mayer), que diz só baboseiras, a cena em que ele recebe o embaixador norte-americano é tragicômica, ele diz: "Diga a ele (Obama) que o meu povo está disposto a fazer todos os trabalhos sujos que nem os negros querem fazer". Há o governador (Damián Alcázar) corrupto que recorrentemente aparece dando propina e que se alia à principal emissora do México que tem a missão de limpar seu nome através de meios que distraiam a atenção dos telespectadores, como um sequestro inventado, e também o associando à celebridades. Carlos Rojo (Alfonso Herrera) é um ambicioso produtor de telejornal, ele é quem arquiteta os planos mentirosos para que o governador apareça como um político do bem, o repórter Ricardo Díaz (Osvaldo Benavides) e o apresentador Jávier Perez (Saúl Lisazo) o ajudam a aumentar de forma sensacionalista os acontecimentos em torno disso.
Sem dúvidas é um filme corajoso que espezinha essa nojenta política que não está nem aí para as necessidades de seu povo e que aliada a uma emissora de peso visam apenas lucrar em cima de mentiras. Luis Estrada também foi ousado ao escalar os atores, como Alfonso Herrera, astro teen da novela "Rebelde", Osvaldo Benavides (Maria do Bairro) e Itatí Cantoral (a vilã Soraya, de Maria do Bairro), que chamam a atenção do público mais jovem, o que é excelente e, que aliás estão esplêndidos em seus personagens, e claro, a grande e brilhante atuação de Damián Alcázar, que encorpora um político corrupto e sem escrúpulos.
Toda essa história é engraçada, mas a verdade é que revolta e nos abre os olhos diante a política que acontece no nosso próprio país, onde fazem o que bem querem e manejam-nos com o apoio da grande mídia.
"A Ditadura Perfeita" é uma sátira política altamente ácida e se faz indispensável, o diretor merece todos os elogios possíveis ao retratar a realidade de seu país que não se difere tanto de outros, como o Brasil, por exemplo.
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