Um filme italiano de Cristiano Bortone bem humano e passional, retrata a história real de Mirco (Luca Capriotti) que fica cego após um acidente brincando com uma arma de fogo e é obrigado a frequentar uma escola especial longe de todos que convive. Na Itália dos anos 70 os portadores de deficiência visual eram separados em uma escola especialmente para eles. Aí se destaca toda imaginação que esse menino possui, mas o diretor (cego também) não acredita no potencial dos meninos, inferioriza e não dá nenhum suporte psicológico positivo, mas a história nos conta uma vida de superação, mas não daquelas apelativas, mas simples e singela que nos faz querer chorar e se sentir feliz de estar visualizando uma história tão bonita. A forma como Mirco se adapta a escuridão e toda a sua transgressão.
Mirco como grande fã de cinema e inconsolável por não poder ir mais, ele arranja um gravador velho e escondido narra histórias, conta com a ajuda do professor Don Giulio e Francesca, sua amiga inseparável, filha de uma funcionária. Contando também com um elenco de garotos realmente cegos, o que gera várias cenas memoráveis, como quando Mirco explica para seu colega como são as cores primárias, entre tantas outras.
É inspirador e emocionante!
Suas criações através desse gravador velho e toda a comoção que causa aos alunos acaba sendo expulso da escola, mas move a cidade diante dos movimentos políticos da época.
Um filme que só o cinema italiano sabe fazer. Nos faz pensar que existem várias maneiras de se enxergar e os olhos é apenas uma delas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
SE FOR COMENTAR, LEIA ANTES!
NÃO ACEITO APENAS DIVULGAÇÃO.