"Um Bairro Distante" (2010) é uma adaptação do mangá de Jiro Taniguchi, o filme narra a história de Thomas, um cartunista e pai de família na faixa dos cinquenta anos, Thomas se sente distante da família e apesar dos fãs adorarem suas personagens, o lado profissional está afetado, ele gostaria de fazer algo mais intimista e emocional. Thomas sem querer toma o trem errado e volta à cidade onde cresceu, em uma visita ao cemitério desmaia e desperta quarenta anos antes em seu corpo de adolescente. De volta ao passado, deverá entender as razões da misteriosa partida de seu pai.
A grande sacada do filme é que Thomas volta a sua adolescência com a mentalidade e a consciência de adulto, ou seja, ele revive todos os acontecimentos antes da estranha partida de seu pai de maneira mais compreensiva. A volta ao passado lhe dá a oportunidade de mudar o ocorrido, mas será que é possível mudar o que já aconteceu?
Os sentimentos pessoais se tornam egoístas quando envolvem outras pessoas, no caso de Thomas ele tenta segurar seu pai na casa no dia em que ele irá embora, só que o desejo do pai era o mesmo, fugir de uma vida da qual lhe foi imposta, uma vida que o aprisionava. O menino aos poucos vai descobrindo o que há por trás daquele homem sempre quieto, e então compreende que mesmo que as decisões de seu pai o afete, não poderá mudar o passado.
Thomas volta em uma cidade do interior de Paris dos anos 70, onde viveu sua adolescência, seu primeiro amor, suas descobertas e seus traumas. São cenas charmosas e imensamente nostálgicas. Quando somos crianças o mundo a nossa volta parece pequeno, tudo se resume aos pais e aos nossos desejos supridos. Quando adolescentes começamos a perceber que a vida não é feita de cores a todo instante, nossos pais têm problemas, às vezes já nem se entendem mais, ou na verdade, nunca se entenderam, e mesmo assim não levamos em conta os seus sentimentos, ainda não somos capazes de enxergá-los com distanciamento. Só mais tarde é que compreendemos a dimensão de alguma situação que quando adolescentes não compreendíamos.
A grande sacada do filme é que Thomas volta a sua adolescência com a mentalidade e a consciência de adulto, ou seja, ele revive todos os acontecimentos antes da estranha partida de seu pai de maneira mais compreensiva. A volta ao passado lhe dá a oportunidade de mudar o ocorrido, mas será que é possível mudar o que já aconteceu?
Os sentimentos pessoais se tornam egoístas quando envolvem outras pessoas, no caso de Thomas ele tenta segurar seu pai na casa no dia em que ele irá embora, só que o desejo do pai era o mesmo, fugir de uma vida da qual lhe foi imposta, uma vida que o aprisionava. O menino aos poucos vai descobrindo o que há por trás daquele homem sempre quieto, e então compreende que mesmo que as decisões de seu pai o afete, não poderá mudar o passado.
Thomas volta em uma cidade do interior de Paris dos anos 70, onde viveu sua adolescência, seu primeiro amor, suas descobertas e seus traumas. São cenas charmosas e imensamente nostálgicas. Quando somos crianças o mundo a nossa volta parece pequeno, tudo se resume aos pais e aos nossos desejos supridos. Quando adolescentes começamos a perceber que a vida não é feita de cores a todo instante, nossos pais têm problemas, às vezes já nem se entendem mais, ou na verdade, nunca se entenderam, e mesmo assim não levamos em conta os seus sentimentos, ainda não somos capazes de enxergá-los com distanciamento. Só mais tarde é que compreendemos a dimensão de alguma situação que quando adolescentes não compreendíamos.
Thomas com mentalidade adulta em corpo de criança revive uma situação traumática, seu pai o abandonou no dia de seu próprio aniversário, para todos da família foi um episódio estranho e sem explicação, mas agora ele pode enxergar os porquês, mas principalmente compreender e até perdoar.
Thomas ao regressar encontra seus amigos de escola, as brincadeiras, a garota da qual era apaixonado, mas essas coisas de menino vão sendo deixadas pra trás, as descobertas acerca de sua mãe e seu pai vão lhe abrindo caminhos. Tinha algo que segurava seu pai na cidade e não era a família que ele formou por pura ocasionalidade. É uma realidade difícil de encarar mas completamente necessária, já que a partida do pai o perseguiu pela vida toda.
"Um Bairro Distante" é um filme sensível, segue de forma leve e passa a mensagem sutilmente nos dando a possibilidade de olhar por diversos ângulos.
Tem ótimas atuações e uma fotografia maravilhosa, além de ser fiel ao mangá de Jiro Taniguchi, que passa o seguinte recado: Não podemos mudar o nosso passado, mas podemos compreendê-lo, e por conseguinte, nos entendermos melhor.
Thomas ao regressar encontra seus amigos de escola, as brincadeiras, a garota da qual era apaixonado, mas essas coisas de menino vão sendo deixadas pra trás, as descobertas acerca de sua mãe e seu pai vão lhe abrindo caminhos. Tinha algo que segurava seu pai na cidade e não era a família que ele formou por pura ocasionalidade. É uma realidade difícil de encarar mas completamente necessária, já que a partida do pai o perseguiu pela vida toda.
"Um Bairro Distante" é um filme sensível, segue de forma leve e passa a mensagem sutilmente nos dando a possibilidade de olhar por diversos ângulos.
Tem ótimas atuações e uma fotografia maravilhosa, além de ser fiel ao mangá de Jiro Taniguchi, que passa o seguinte recado: Não podemos mudar o nosso passado, mas podemos compreendê-lo, e por conseguinte, nos entendermos melhor.
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