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quarta-feira, 17 de abril de 2013

Cirque du Soleil: Outros Mundos

O Cirque du Soleil é o maior circo acrobático do mundo, conhecido pelos seus espetáculos visualmente incríveis e artistas impecáveis, quem já teve a chance de vê-lo ao vivo sabe a magia que causa. É um circo que inovou em suas artes, há enredo, cenário, vestuário, caracterização e música. Toda essa maravilha pode ser vista em forma de filme em "Cirque du Soleil - Outros Mundos", com direção do cineasta Andrew Adamson e produção executiva de James Cameron. O filme acompanha a trajetória da jovem Mia (Erica Kathleen Linz) à procura do trapezista (Igor Zaripov), por quem ela se apaixona. Em sua busca, Mia mergulha em um mundo paralelo com tendas habitadas por seres incomuns. Através da tecnologia 3D, a imersão nos cenários por onde a protagonista passa nos causa sensação de deslumbramento diante as imagens.
Há cenas em câmera lenta, onde aparecem todos os movimentos que os trapezistas fazem no ar, ou ainda, os efeitos causados pelas águas onde os acrobatas mergulham. É tudo muito fascinante, é de encher os olhos, os movimentos dos corpos chegam a hipnotizar de tão perfeitos. Para quem curte o universo circense é um deleite, apesar de faltar algumas figuras essenciais de um circo.
As apresentações são sofisticadas, no início é apresentada uma historinha, onde uma moça entra em um pequeno circo, e de repente se apaixona pelo trapezista, se encanta pelos movimentos do rapaz, mas quando ele olha para ela lá de cima perde o controle de seu corpo e acaba sofrendo uma queda, ela vai ao encontro dele e os dois mergulham no fascinante universo do Cirque du Soleil. Chegando lá eles não estão mais juntos, dessa maneira ela começa a mostrar um panfleto onde há uma foto do seu amado estampada, com a esperança de saber se alguém o viu e onde se encontra. A procura de Mia acontece em meio a contorcionistas, malabaristas e acrobatas, em grandiosos cenários juntamente com uma bela trilha sonora, regada a Beatles e Elvis Presley. Só que essa historinha não é tão importante, o primordial é mostrar o fantástico, a magia que esse circo carrega. Essa é a função deste filme.

A jornada da garota em busca do trapezista em certo momento cansa o espectador, assim como algumas apresentações, talvez a magia acabe se perdendo um pouco e as ilusões se desfazendo, mas sempre vem algo pela frente que nos acorda de novo para o mundo excêntrico que nos está sendo apresentado. Os números são elegantes, limpos, perfeitos, parece que tudo é feito com facilidade, as mulheres se contorcendo, os acrobatas se jogando pra lá e pra cá, não existe aquele medo que o espectador de circo sente ao ver um espetáculo comum, ao se perguntar se o artista será capaz de fazer tal coisa. Tudo parece irreal, ilusório, pois não aparenta esforço físico, dá impressão de efeito especial, é sobre-humano. Sabemos que os artistas do Cirque du Soleil são os melhores, reconhecidos e admirados, mas o filme infelizmente passa essa impressão.

O filme serve para nos deslumbrar com imagens e também para admirar o trabalho desses artistas. Vale conferir o espetáculo que mais uma vez repito, que de tão perfeito parece irreal. Não achei tão mágico, e em certas partes até enjoou, gosto de números de contorcionismos, acrobacias, porém o efeito de encantamento se quebra em algum momento. Mesmo assim é uma dica interessante!

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